SEB - Secretaria de Educação Básica Nº 25 - 29/01/2010   
 
Transporte Escolar

O Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) produziu esta semana cartilhas e manuais técnicos para ajudar os municípios na execução do Programa Nacional de Apoio ao Transporte Escolar (Pnate). O material foi produzido em parceria pelo FNDE e o Centro de Formação de Recursos Humanos em Transportes (Ceftru) da Universidade de Brasília. Leia mais.

Último dia

Termina hoje o prazo para que professores e diretores de escolas públicas e entidades parceiras do programa Brasil Alfabetizado possam escolher os livros didáticos que serão usados por jovens e adultos matriculados em turmas de alfabetização em 2010. A escolha é feita exclusivamente pela internet, na página do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE). 

Interdisciplinaridade é meta de programa de ensino médio

A elaboração de projetos voltados para a interdisciplinaridade é uma das principais metas dos participantes do curso de formação continuada para professores do ensino médio, realizado pelo programa Ensino Médio Inovador. A formação, que será concluída esta semana, reúne na Escola Sesc de Ensino Médio, no Rio de Janeiro, cerca de 500 educadores, entre diretores, equipes pedagógicas, professores, representantes das secretarias estaduais de educação e do Ministério da Educação.

Para Benedito Oscar Santos, professor de artes da Escola Estadual Tiradentes, de Macapá, a importância da interdisciplinaridade — interação entre disciplinas ou áreas do saber, em níveis de complexidade diferentes —está em oferecer aos alunos uma visão geral do mundo. Ele planeja usar os recursos do programa Ensino Médio Inovador, da Secretaria de Educação Básica (SEB) do Ministério da Educação, para implantar projeto que una geografia, biologia e música. “A ideia é partir da região geográfica estudada e associá-la com biodiversidade e música regional”, explica. O professor pretende que os alunos tomem maior consciência de seu estado e de sua cultura.

Silvana Silva, do Centro de Ensino Maria Mônica Vale, de São Luís, pretende aplicar os recursos do programa em um trabalho de interdisciplinaridade que envolva as comunidades próximas à escola. “A cada ano, escolhemos um tema, e os alunos adotam uma comunidade para repassar todo conhecimento adquirido”, explica. Em 2009, o tema do projeto foi o uso sustentável da água.

Em São Simão, Goiás, há um projeto de resgate do ensino médio com propostas pedagógicas aliadas a novas tecnologias.

A transferência de recursos do MEC para incentivar inovações nessa etapa do ensino médio foi de R$ 22 milhões, no ano passado.

 

Atividades extracurriculares são opções para melhorar formação

Dança, teatro, culinária, circo e até robótica. As atividades extracurriculares oferecidas pelas escolas brasileiras são utilizadas para diversas finalidades, como despertar a criatividade e o talento nos estudantes e melhorar o desempenho em sala de aula. Para a presidente da Associação Brasileira de Psicopedagogia, Quézia Bombonatto, as atividades complementam e enriquecem a vivência acadêmica e favorecem o processo de formação.

Ela acredita que toda atividade cumprida dentro de um projeto pré-elaborado, seja um trabalho de estimulação cognitiva nas diferentes áreas, seja de atividades de desenvolvimento socioafetivo, traz um ganho significativo tanto no desempenho acadêmico quanto na formação geral do indivíduo. Fazem parte desses trabalhos aulas de reforço de conteúdo programático, oficinas de artes (teatro, música, artes plásticas, dança), esportes, arte culinária, artesanatos, marcenaria e feiras culturais, entre outras atividades.

Para desenvolvê-las, segundo Quézia, o professor deve acreditar que elas farão diferença no desempenho dos alunos. E cabe às instituições proporcionar as condições favoráveis ao professor. “As atividades devem sempre ser antecipadas por um planejamento, a ser cumprido no sentido de se obter os resultados e as metas propostas no projeto inicial”, avalia.

A especialista acredita que as atividades extracurriculares proporcionam ao professor maior comprometimento com a prática docente. “Ele se sente mais valorizado pelos alunos, que ficam mais envolvidos nas aulas” afirma. “As atividades também favorecem a interdisciplinaridade e, dessa forma, uma aprendizagem mais significativa, que permita vivenciar conceitos teóricos numa prática que traga sentido àqueles estudados em sala de aula.

Trabalho elaborado em 2004 pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep) mostra como essas atividades são importantes. Desenvolvido a partir do cruzamento dos resultados do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2003 e das respostas ao questionário socioeconômico do exame, o trabalho mostra que o acesso a atividades extracurriculares pode representar diferença positiva no desempenho escolar. De acordo com o estudo do Inep, a média na prova objetiva dos estudantes que frequentaram cursos de língua estrangeira, informática e pré-vestibular, por exemplo, foi de até 17 pontos acima da atingida por alunos que tiveram pouca ou nenhuma oportunidade de fazer esses cursos. Na escala até cem, a pontuação média para a primeira situação foi de 62 e, para a segunda, 45.

Quézia destaca que o quadro vai além do desempenho dos alunos e da atuação do professor. Ela lembra que esse tipo de atividade aumenta a autoestima dos envolvidos no processo além de promover a sociabilização.

Em 2008, foi sancionado projeto de lei que instituiu o ensino da música nas escolas públicas e particulares de ensino básico. No Rio de Janeiro, o xadrez passou a fazer parte do currículo das unidades escolares estaduais de ensino após a aprovação de lei pela Assembléia Legislativa do estado. “Essas atividades geram e ampliam o trabalho do professor, mas são, certamente, um complemento que enriquece a proposta pedagógica”, conclui Quézia.

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