Cerca de 300 pessoas, representantes das regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste, participam das discussões em Natal

A Lei de Educação Profissional e Tecnológica, proposta pelo Ministério da Educação, será instrumento decisivo para o desenvolvimento do País, pois vai articular as potencialidades e necessidades locais e regionais com a demanda nacional por recursos humanos preparados e qualificados para o mundo do trabalho. Esta é a essência da proposta elaborada pela Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica do Ministério da Educação (Setec/MEC), detalhada na semana passada (24/11), pelo coordenador de Políticas e Articulação Institucional da secretaria, Francisco Luiz Danna, em Natal (RN), durante a abertura da terceira rodada de discussões regionais sobre a questão.

A meta dos encontros regionais - já foram realizados em Curitiba e São Paulo - é estabelecer um diálogo democrático com a sociedade e com as instituições e redes representativas do sistema de educação profissional e tecnológica. A partir das discussões realizadas nesses fóruns, a Setec consolidará um projeto de lei a ser encaminhado ao Congresso Nacional.
Francisco Danna revelou que a intenção é "propor a integração de todos os atores" no âmbito da educação profissional e tecnológica para que os estudantes sejam estimulados a serem empreendedores e agentes de transformação social.

Atualmente, há mais de 70 milhões de jovens entre 15 e 24 anos no Brasil. Grande parte desse contingente tem baixa ou nenhuma qualificação profissional e uma parcela faz parte do grupo de excluídos do mercado de trabalho.

O Espumante CVE Brut produzido pelos estudantes do Centro Federal de Educação Tecnológica (Cefet) de Bento Gonçalves (RS) ganhou a medalha de ouro no 2º Concurso Internacional de Vinhos do Brasil. A bebida foi fabricada pelos alunos do curso técnico de enologia e de tecnólogo em viticultura e enologia.

No concurso, promovido pela Associação Brasileira de Enologia no início do mês, uma comissão formada por 40 enólogos estrangeiros e brasileiros avaliou 405 amostras de vinhos, enviadas por 14 países. O feito é um reconhecimento da qualidade do ensino do Cefet de Bento Gonçalves, que produz, a cada ano, 600 mil litros de vinho e industrializa seis diferentes tipos: os tintos cabernet sauvignon, merlot, sangiovese e tannat e os brancos chardonnay e riesling itálico.

Segundo o professor dos cursos médio e superior de enologia, Júlio Menegusso, a Serra Gaúcha é uma das melhores regiões do mundo para a produção de vinhos, devido as suas características de solo e clima. O alto índice de chuvas faz com que as uvas não amadureçam totalmente, o que as tornam ideais para a produção de espumantes.

O vinho-base da bebida premiada é o Chardonnay 2004, que tem graduação alcoólica muito baixa. Durante dois ou três anos, ele é guardado em tanques e, passado esse tempo, recebe açúcar, nutrientes e levedura. O Espumante CVC Brut tem aromas finos que lembram pão torrado, mel e frutas. É agradável e refrescante ao paladar. É ideal como aperitivo e para acompanhar pratos frios à base de peixe e carnes brancas.

Os alunos do curso técnico de enologia participam do processo durante estágio na cantina destinada à elaboração do vinho e os estudantes do curso de tecnologia em viticultura e enologia têm uma disciplina específica de produção do espumante.

O diretor da escola, professor Faustino Facchin, acredita que, ao vencer o concurso, o Cefet dá mostras da excelência do ensino ministrado.