Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica      Nº 142 - 30 de outubro a 3 de novembro
 


       Financiamento

O professor Gabriel Grabowski, pesquisador da área e diretor do Instituto de Ciências Humanas do Centro Universitário Feevale, do Rio Grande do Sul, será um dos palestrantes da 1ª Confetec.
Para Grabowski – que também é mestre em educação e políticas públicas e doutorando em financiamento da educação profissional e tecnológica –, destinar mais dinheiro a esse tipo de ensino e concentrar no Ministério da Educação a organização e distribuição dos recursos já existentes para a modalidade faria com que a educação profissional desse um salto significativo no País.



       Inscrições
Ainda está disponível no endereço eletrônico da Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica (Setec/MEC) a ficha de inscrição para os interessados em participar da 1ª Confetec. Além da ficha, estão disponíveis documentos, programação e dicas de hospedagem.
Participe!
Mais informações na página eletrônica da Setec:
www.mec.gov.br/setec
Conferência 1

O ensino técnico vai ganhar um impulso importante com a realização da 1ª Conferência Nacional de Educação Profissional e Tecnológica - Confetec, de 5 a 8 de novembro, no Centro de Convenções Ulysses Guimarães, em Brasília. O evento vai elaborar uma política nacional para o setor, com o objetivo de integrar as redes federal, estadual, municipal, privada e comunitária que oferecem ensino profissionalizante.

Segundo o coordenador da conferência, Elias Vieira, a idéia é promover a integração de todo o segmento, que atualmente desenvolve políticas de forma desarticulada. “A integração vai possibilitar a troca de experiências, expansão e conhecimento sobre as propostas pedagógicas de cada região”, explica.

A política nacional de educação profissional e tecnológica será produzida a partir de 900 propostas apresentadas por todos os estados do País. Desde março deste ano, foram realizadas conferências estaduais em todas as 27 unidades da Federação para discutir o tema e elaborar propostas. Ao todo, esses encontros reuniram dez mil pessoas e já começaram a promover a integração do setor.

Participarão da conferência nacional diretores, professores, alunos, representantes da sociedade, sindicatos, organizações não-governamentais, conselhos e o Sistema S, que integra Sesc, Senac, Sesi, Senai e Sebrae, entre outras entidades. A expectativa é reunir 3.500 pessoas para debater os seguintes temas: o papel da educação profissional no desenvolvimento nacional e nas políticas de inclusão social; financiamento; organização institucional; estratégias operacionais; e integração da educação profissional e ensino básico.

Na avaliação do diretor do Centro Federal de Educação Tecnológica de Pernambuco (Cefet-PE), Sérgio Gaudêncio Portela de Melo, a conferência marcará um momento histórico para o setor. “A integração de todas as instâncias para elaborar uma política de educação profissional demonstra que estamos vivendo um momento relevante neste nível de ensino”, considera.

De acordo com o Censo de 2005 do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep/MEC), existem 747.892 matrículas no ensino técnico, dispostas em 3.230 instituições públicas e privadas.

 




Conferência 2

A educação especial vinculada ao ensino profissional será tema de debate na 1ª Confetec, de 5 a 8 de novembro, em Brasília. Duas experiências com este princípio serão apresentadas na Mostra Nilo Peçanha, que reunirá 73 iniciativas para o desenvolvimento do ensino técnico.

Uma delas é a da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae) de Contagem (MG), que desenvolve um programa de capacitação e colocação de deficientes mentais no mercado. Segundo a superintendente da Apae, Cristina Abranches, o trabalho é feito em três etapas: preparação pré-profissional, qualificação e colocação profissional. “Fazemos um trabalho de preparação do deficiente para  ele entender como funciona o mercado de trabalho”, diz. “E tentamos identificar sua capacidade e interesses”, afirma.

A segunda etapa consiste na qualificação dos deficientes por meio de oficinas de carpintaria, marcenaria e floricultura. A Apae procura, então, empresas conveniadas com a entidade para que os jovens possam estagiar e aprender o ofício com outros trabalhadores. Atualmente, existem 154 pessoas atendidas pela Apae nessas três etapas do programa. Desde 1998, a iniciativa já empregou 45 deficientes mentais em empresas de Contagem.

Capacitação de professores - No Centro Federal de Educação Tecnológica de Pernambuco (Cefet-PE), há um núcleo de apoio aos alunos com necessidades especiais formado por representantes de vários cursos. O grupo desenvolve atividades de sensibilização de professores, alunos e a comunidade sobre a importância da inclusão de deficientes no ensino técnico. Além disso, o Cefet-PE tem programas de extensão universitária, entre os quais se destaca o projeto do município de Água Preta, promovido pelo programa Educação, Tecnologia e Profissionalização para Pessoas com Necessidades Especiais (Tecnep), do Ministério da Educação.

Segundo o coordenador do projeto e professor do Cefet-PE, Gustavo Estevão de Azevedo, a iniciativa atende a uma demanda do município, a 200 quilômetros de Recife. “Água Preta tem 27 mil habitantes e mais de seis mil são deficientes”, diz. O trabalho capacita professores para lidar com alunos deficientes em sala de aula. Os professores são treinados para entender a diversidade e o uso dos mecanismos educacionais em benefício dos deficientes. Já foram capacitados 600 educadores em 17 oficinas. Segundo Azevedo, a meta foi superada. “Prevíamos capacitar 400 professores em 12 oficinas, mas a receptividade foi surpreendente”, disse.
 


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