Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica      Nº 146 - 27 de novembro a 1 de dezembro
 


       Próxima Edição

Em reunião para definir o país que sediará a 2ª Jornada, os representantes dos ministérios de Educação da Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Paraguai, Uruguai, e Venezuela, indicaram o Chile. Esteban Arenas, da coordenação do ensino médio do Ministério da Educação chileno, destacou que, preliminarmente, o Chile assume a responsabilidade. A decisão final será tomada em Brasília, em dezembro, durante a reunião da Comissão Regional Coordenadora da Educação Tecnológica, formada por representantes dos países membros e associados do Mercosul.

 



       Nova Diretoria

O professor José Arimathea Oliveira é o novo presidente do Conselho Nacional dos Dirigentes das Escolas Técnicas Vinculadas às Universidades Federais (CONDETUF). A eleição e posse da nova diretoria aconteceu no último dia 7 de novembro, durante a realização da 1ª Conferência Nacional de Educação Profissional e Tecnológica, em Brasília. O professor José Arimathea também é diretor-geral do Colégio Agrícola Nilo Peçanha.

 

Jornada Científica integra países e promove troca de experiências

Na cerimônia de encerramento da 1ª Jornada Científica de Educação Tecnológica do Mercosul, o titular da Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica do MEC, Eliezer Pacheco, pontuou que esse é um evento pioneiro. Pela primeira vez, os países com situações similares, econômicas e sociais, debatem suas experiências sobre educação profissional e tecnológica. “Realizar a Jornada significou o fortalecimento da construção de uma agenda comum em busca da igualdade social e de um futuro melhor para os latino-americanos”, ressaltou.

Participaram das atividades da Jornada mais de cinco mil pessoas, entre alunos, professores, representantes de ministérios da Educação de países do Mercosul e de secretarias estaduais. Trocar experiências educacionais e culturais foi o aspecto destacado pelos participantes. Cristina Alcón, do Ministério da Educação da Argentina, avaliou que o mais significativo foi a integração. “Vivenciamos aqui a igualdade social. Todos nós, alunos, gestores políticos e professores aproveitamos esse intercâmbio sem diferença de categoria. Aprendemos uns com os outros”, constatou.

Para Arturo Montes, representante da Venezuela, a jornada significou um avanço. “A educação tecnológica é importante para todos os países e representa a formação de suporte técnico-profissional necessário para o desenvolvimento das nossas nações. Esta jornada foi um passo adiante nessa meta”. A visão de Arturo é compartilhada por representantes de todos os países do Mercosul que participaram dos debates. Alguns países têm mais dificuldades, como é o caso do Paraguai. Com 64% da população com menos de 29 anos, o país tem dificuldades econômicas para garantir o acesso a todos os jovens. Alcina Sosa Penayo, do Ministério de Educação do Paraguai, relata que ofertar essa modalidade é fundamental para o país, que tem uma população jovem e com 38% de desempregados. “É estratégico para o desenvolvimento econômico e social, mas ainda não conseguimos ofertar acesso a todos os jovens. Participar da Jornada é importante para avaliarmos o que estamos fazendo e aprender com experiências das outras nações”, finalizou.

 




Os 10 desafios da educação de jovens e adultos

Atualmente, existem cerca de 65 milhões de jovens e adultos que não concluíram a educação básica no Brasil. Mais de 30 milhões mal freqüentaram as quatro primeiras séries do ensino fundamental. E quase 16 milhões não sabem ler e escrever. Foi com esses dados que o diretor de pesquisa e pós-graduação do Centro Federal de Educação Tecnológica do Espírito Santo (Cefet-ES), Tadeu Pissinati, abriu o debate sobre os desafios para a inclusão de jovens e adultos na educação profissional e tecnológica. O tema foi destaque na última quinta-feira, 23, durante a 1ª Jornada Científica da Educação Profissional e Tecnológica do Mercosul.

Tadeu enumerou 10 desafios que a educação de jovens e adultos (EJA) enfrenta hoje no Brasil. Dentre os itens apresentados, o reconhecimento de que existe outro público de EJA, como aqueles jovens que se afastaram da escola e não voltaram mais, é um deles. “Se não detectarmos desde cedo quem são esses alunos, a tendência é cada vez mais aumentar o número de evasão escolar”, explica Tadeu. Segundo ele, inadequação de projetos pedagógicos e da formação de docentes também aumenta os índices de evasão. Assim, deve-se garantir a permanência e o êxito do aluno na escola, viabilizando a sua ascendência no mundo acadêmico e no mercado de trabalho.

Proeja – A integração da educação profissional e tecnológica com a educação de jovens e adultos é outro desafio, na visão de Tadeu Pissinati. Isso já ocorre desde 2005, com a criação do Programa Nacional de Integração da Educação Profissional com a Educação Básica na Modalidade EJA (Proeja). O programa, criado pela Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica (Setec/MEC) é dirigido a trabalhadores acima de 18 anos com trajetórias escolares interrompidas ou descontinuadas, sem o ensino fundamental ou médio, até aqueles sem a formação profissional formal.

“Antes, a educação de jovens e adultos era sinônimo de preconceitos e desigualdades e, hoje, graças aos incentivos, tornou-se a menina-dos-olhos de muitas escolas profissionalizantes, que descobriram nesta modalidade de ensino, uma forma de inclusão social para milhares de jovens e adultos”, finalizou o pesquisador.


Boletim eletrônico semanal interno da Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica
Ministério da Educação - Brasília-DF
Redação: (61) 2104-9526 / 2104-8127 - Envie sua sugestão de pauta para: setec@mec.gov.br