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Os 10 desafios da educação de jovens e adultos Atualmente, existem cerca de 65 milhões de jovens e adultos que não concluíram a educação básica no Brasil. Mais de 30 milhões mal freqüentaram as quatro primeiras séries do ensino fundamental. E quase 16 milhões não sabem ler e escrever. Foi com esses dados que o diretor de pesquisa e pós-graduação do Centro Federal de Educação Tecnológica do Espírito Santo (Cefet-ES), Tadeu Pissinati, abriu o debate sobre os desafios para a inclusão de jovens e adultos na educação profissional e tecnológica. O tema foi destaque na última quinta-feira, 23, durante a 1ª Jornada Científica da Educação Profissional e Tecnológica do Mercosul.
Tadeu enumerou 10 desafios que a educação de jovens e adultos (EJA) enfrenta hoje no Brasil. Dentre os itens apresentados, o reconhecimento de que existe outro público de EJA, como aqueles jovens que se afastaram da escola e não voltaram mais, é um deles. “Se não detectarmos desde cedo quem são esses alunos, a tendência é cada vez mais aumentar o número de evasão escolar”, explica Tadeu. Segundo ele, inadequação de projetos pedagógicos e da formação de docentes também aumenta os índices de evasão. Assim, deve-se garantir a permanência e o êxito do aluno na escola, viabilizando a sua ascendência no mundo acadêmico e no mercado de trabalho.
Proeja – A integração da educação profissional e tecnológica com a educação de jovens e adultos é outro desafio, na visão de Tadeu Pissinati. Isso já ocorre desde 2005, com a criação do Programa Nacional de Integração da Educação Profissional com a Educação Básica na Modalidade EJA (Proeja). O programa, criado pela Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica (Setec/MEC) é dirigido a trabalhadores acima de 18 anos com trajetórias escolares interrompidas ou descontinuadas, sem o ensino fundamental ou médio, até aqueles sem a formação profissional formal.
“Antes, a educação de jovens e adultos era sinônimo de preconceitos e desigualdades e, hoje, graças aos incentivos, tornou-se a menina-dos-olhos de muitas escolas profissionalizantes, que descobriram nesta modalidade de ensino, uma forma de inclusão social para milhares de jovens e adultos”, finalizou o pesquisador. |
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