Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica      Nº 147 - 4 a 8 de dezembro de 2006
 


       CONEAF

O professor Cláudio Adalberto Koller é o novo presidente do Conselho das Escolas Agrotécnicas Federais (CONEAF). A eleição e posse da nova diretoria aconteceu na última segunda-feira, 4 de dezembro, durante a realização da 4ª Reunião Ordinária do CONEAF, em Brasília. O professor Cláudio Adalberto também é diretor-geral da Escola Agrotécnica Federal de Rio do Sul, em Santa Catarina.



       Mercosul

Avaliar as ações executadas na área da educação profissional durante o ano de 2006 é o objetivo da reunião da Comissão Regional da Educação Tecnológica do Mercosul, promovida pelo Ministério da Educação. O evento é realizado nesta quinta e sexta-feira, dias 7 e 8, em Brasília, e reúne representantes do Brasil, Argentina, Bolívia, Colômbia, Paraguai, Uruguai e Venezuela. A programação abordará temas sobre indicadores e terminologia da educação profissional e tecnológica, planejamento das atividades da Comissão para 2007 e avaliação da Jornada Científica do setor realizada pelo MEC, no mês de novembro, em Belo Horizonte.

Professores concluem especialização

Entre dezembro deste ano e janeiro de 2007 entram no mercado de trabalho 1.500 professores capacitados para lecionar em classes do ensino médio integrado à educação profissional para jovens e adultos (EJA). Esses professores, que são da rede federal de educação profissional, estão terminando o curso de especialização em EJA oferecido por 14 centros federais de educação tecnológica (Cefets) e pela Universidade Tecnológica do Paraná e o Colégio Agrícola Vidal de Negreiros, da Paraíba.

Com a qualificação, explica a coordenadora-geral de Políticas da Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica (Setec/MEC), Caetana Rezende Silva, a rede federal de 22 estados está em condições de dobrar a oferta do ensino médio integrado, conforme prevê o Decreto nº 5.478, de 24 de junho de 2005, que criou o Programa de Integração da Educação Profissional ao Ensino Médio na Modalidade de Educação de Jovens e Adultos (Proeja).

O público principal do ensino médio integrado são os jovens e adultos que concluíram o ensino fundamental, mas que estão fora da escola. O curso para os alunos tem carga horária de 2.400 horas, das quais 1.200 horas destinadas à formação geral. Além desta modalidade de ensino, os professores com especialização em EJA também vão trabalhar em cursos de formação inicial e continuada para jovens e adultos. Os cursos de curta duração têm carga horária máxima de 1.600 horas, sendo, no mínimo, 1.200 horas para formação geral e 200 horas para formação profissional.

Ampliação — Ao concluir a primeira turma de especialização em EJA, a Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica e os Cefets estão criando novas turmas que farão curso intensivo de janeiro a março de 2007. Caetana Rezende Silva diz que a expansão permite abrir mais 1.265 vagas para professores. As novas turmas serão oferecidas em seis cidades: o Cefet do Pará vai abrir uma turma em Palmas (TO) para professores da rede federal dos estados de Tocantins e Maranhão e do sistema estadual de ensino de Tocantins; o Cefet Mato Grosso abre uma turma em Cuiabá, que vai reunir professores de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Rondônia; o Cefet São Paulo abre duas turmas em São Paulo e uma em Sertãozinho; o Cefet de Minas Gerais abre uma turma em Goiânia (GO) e outra em Contagem (MG). Em Contagem, o Cefet fez convênio com a prefeitura para oferecer especialização aos professores da rede municipal.

A especialização em EJA forma dois tipos de profissionais: o professor para trabalhar na sala de aula ou na capacitação de outros colegas; e o gestor que vai propor projetos, tendo em conta a realidade social, cultural e econômica da região onde a escola atua. A especialização tem duração de 360 horas presenciais, ministradas nas sedes dos Cefets e dos pólos ou fora destes de forma intensiva. Os cursos, que encerram em dezembro deste ano ou janeiro de 2007, têm 1.500 vagas. Participam os Cefets de Minas Gerais, Mato Grosso, Pará, Rio Grande do Norte, Pernambuco, Santa Catarina; Universidade Tecnológica do Paraná; e os consórcios dos Cefets do Rio (Rio de Janeiro, Campos e Química), do Sul (Pelotas, Bento Gonçalves e Universidade Federal do Rio Grande do Sul); e o Colégio Agrícola Vidal de Negreiros (PB).

 




Biodiesel é combustível para a inclusão social

A Escola Agrotécnica Federal de Muzambinho (EAF-Muzambinho), em Minas Gerais, é considerada, hoje, um centro de referência em pesquisas com oleaginosas – matérias-primas para produção de combustível verde, mais conhecido como biodiesel. Resultado da fusão de óleos vegetais com o álcool, o biodiesel é o mais novo combustível de origem renovável. As alternativas de matéria-prima para o fornecimento do óleo vegetal são diversas no Brasil, como é o caso do girassol, pinhão manso, soja, amendoim, algodão, dendê, milho, entre tantas outras que podem ser cultivadas de acordo com a aptidão agrícola e o clima de cada região do País.

O girassol, o pinhão manso e o nabo forrageiro são as culturas pesquisadas pelos alunos e professores da EAF-Muzambinho. Eles verificam a adaptação dessas culturas ao solo da região, estudam as possíveis pragas e os defensivos agrícolas mais adequados, o melhor adubo e o espaçamento que deve ser utilizado entre as plantas e, ainda, métodos e períodos de plantio e colheita.

Esses alunos, depois de capacitados pela escola, adquiriram conhecimento no que diz respeito à cultura do girassol, o que possibilitou que eles prestassem assistência técnica, na forma de estágio não remunerado, para a cooperativa de miniusinas de biodiesel, a Biobras. Atualmente, essa cooperativa é formada por nove miniusinas de processamento do combustível verde, abastecidas pela produção de mais de dois mil pequenos produtores rurais.

Os alunos da escola também estão sendo capacitados para de serem integrados ao mercado de trabalho, uma vez que o município de Muzambinho terá, para o próximo ano, a sua própria miniusina de biodiesel.

Segundo o professor Alberto Donizete Ales, responsável pelas pesquisas realizadas na EAF-Muzambinho, desenvolver as oleaginosas – matéria-prima do biodiesel –, com sustentabilidade, respeitando o meio ambiente e os conhecimentos tradicionais das populações envolvidas, é preocupação constante dos estudos. “As pesquisas realizadas são fundamentais para que os pequenos produtores rurais sejam direcionados e orientados de forma correta, a fim de tirar o melhor proveito econômico, ambiental e social do combustível verde”, explica.

O professor conta ainda que no Brasil, mais de 200 mil famílias de pequenos produtores rurais estão envolvidas com as plantações de oleaginosas, o que faz do novo combustível um fator fundamental para a inclusão social.
Seminário – A Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica do Ministério da Educação (Setec/MEC) esteve presente no 7º Seminário Nacional de Energia e Responsabilidade Social Ambiental no Brasil, que aconteceu na última terça-feira, 5. Na ocasião foi distribuída a publicação da secretaria, lançada no último mês de agosto, que apresenta desde a história do biodiesel no Brasil até a produção do combustível verde nas escolas da rede federal de educação profissional e tecnológica.


Boletim eletrônico semanal interno da Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica
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