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Biodiesel é combustível para a inclusão social A Escola Agrotécnica Federal de Muzambinho (EAF-Muzambinho), em Minas Gerais, é considerada, hoje, um centro de referência em pesquisas com oleaginosas – matérias-primas para produção de combustível verde, mais conhecido como biodiesel. Resultado da fusão de óleos vegetais com o álcool, o biodiesel é o mais novo combustível de origem renovável. As alternativas de matéria-prima para o fornecimento do óleo vegetal são diversas no Brasil, como é o caso do girassol, pinhão manso, soja, amendoim, algodão, dendê, milho, entre tantas outras que podem ser cultivadas de acordo com a aptidão agrícola e o clima de cada região do País.
O girassol, o pinhão manso e o nabo forrageiro são as culturas pesquisadas pelos alunos e professores da EAF-Muzambinho. Eles verificam a adaptação dessas culturas ao solo da região, estudam as possíveis pragas e os defensivos agrícolas mais adequados, o melhor adubo e o espaçamento que deve ser utilizado entre as plantas e, ainda, métodos e períodos de plantio e colheita.
Esses alunos, depois de capacitados pela escola, adquiriram conhecimento no que diz respeito à cultura do girassol, o que possibilitou que eles prestassem assistência técnica, na forma de estágio não remunerado, para a cooperativa de miniusinas de biodiesel, a Biobras. Atualmente, essa cooperativa é formada por nove miniusinas de processamento do combustível verde, abastecidas pela produção de mais de dois mil pequenos produtores rurais.
Os alunos da escola também estão sendo capacitados para de serem integrados ao mercado de trabalho, uma vez que o município de Muzambinho terá, para o próximo ano, a sua própria miniusina de biodiesel.
Segundo o professor Alberto Donizete Ales, responsável pelas pesquisas realizadas na EAF-Muzambinho, desenvolver as oleaginosas – matéria-prima do biodiesel –, com sustentabilidade, respeitando o meio ambiente e os conhecimentos tradicionais das populações envolvidas, é preocupação constante dos estudos. “As pesquisas realizadas são fundamentais para que os pequenos produtores rurais sejam direcionados e orientados de forma correta, a fim de tirar o melhor proveito econômico, ambiental e social do combustível verde”, explica.
O professor conta ainda que no Brasil, mais de 200 mil famílias de pequenos produtores rurais estão envolvidas com as plantações de oleaginosas, o que faz do novo combustível um fator fundamental para a inclusão social. |
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