Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica      Nº 152 - 19 a 23 de março de 2007
 


       Olimpíada de Matemática
A Rede Federal de Educação Profissional e Tecnológica, que hoje conta com 158 escolas, conseguiu destacar 28 alunos entre os 100 que ganharam a medalha de ouro no nível 3 na 2ª Olimpíada de Matemática das Escolas Públicas. Além disso, dos 28 estudantes bicampeões da medalha de ouro (em 2005 e 2006), seis são integrantes da rede federal. Os alunos premiados com medalhas de ouro receberão, durante um ano, Bolsa de Iniciação Científica Júnior do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), além de estágio em matemática, também com a duração de um ano, coordenado pelo Instituto Nacional de Matemática Pura e Aplicada (Impa).

       Prêmio Internacional
O Centro Federal de Educação Tecnológica de Química de Nilópolis, no Rio de Janeiro, foi um dos escolhidos pelo Consejo Iberoamericano en Honor a la Calidad Educativa (CIHCE) para receber o Prêmio Iberoamericano a La Excelência Educativa 2007. O Comitê de Avaliação do CIHCE premia instituições e profissionais líderes da educação ibero-americana que impulsionam valores éticos e humanos para a formação de cidadãos que se evidenciam em suas respectivas especialidades. A premiação acontece nos dias 13 e 14 de setembro próximo, no Panamá.
Lula e Haddad visitam escola técnica em Inhumas

Glicério Tomé Rosa tem 54 anos, já foi mecânico industrial. Vive às custas de um pequeno comércio na cidade de Inhumas, 45 mil habitantes, noroeste de Goiás. A renda é pequena. Ele precisa fazer “bicos” como pedreiro nos finais de semana. Mas, a partir de 16 de abril, a vida de Glicério vai dar uma grande guinada. Ele é um dos 200 alunos da Unidade de Ensino Descentralizada (Uned) de Inhumas, do Centro Federal de Ensino Tecnológico (Cefet-Goiás), que iniciam o curso de Alimentos. Daqui a quatro anos, formado, ou antes, se a sorte ajudar, pretende montar seu próprio negócio.

A emoção de voltar aos estudos estava no rosto de Glicério na tarde da última terça-feira, 20, quando o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ministro da Educação, Fernando Haddad, visitaram a escola, cujas obras estão em fase de acabamento. “Por muitos anos eu passava e via essa obra, um esqueleto abandonado. Depois de 34 anos sem estudar, este operário volta à escola e a sonhar com o seu futuro”, disse emocionado.

O ministro Fernando Haddad lembrou que foram 18 meses para revogar a lei que proibia a expansão da rede pública de educação tecnológica. Por causa dessa proibição, a construção da escola de Inhumas parou em 1998, um ano depois do início das obras. Haddad observou, ainda, que dois cursos da Uned de Inhumas serão de graduação universitária: informática e química.

O presidente Lula, referindo-se às centenas de jovens que acompanhavam a visita, disse que é preciso “fixar os olhos nessas meninas  e nesses meninos porque eles são diferentes. Não existe outro instrumento para tirar as crianças do crime do que a esperança e a oportunidade. É pela formação escolar e profissional que vamos construir a cidadania plena que todos desejamos”, concluiu o presidente.

 




Curso de design de móveis promove a inclusão social em Pelotas

Os alunos do curso de design de móveis oferecido pelo Centro Federal de Educação Tecnológica de Pelotas (Cefet-RS) estão envolvidos em uma disciplina extracurricular: a inclusão social. Eles planejaram móveis adaptados às pessoas com necessidades especiais, usuários da Escola Louis Braille. Localizada em Pelotas, a escola é particular e mantida com o trabalho voluntário de professores da região.

Foram entregues um conjunto de mesa completo para aluno portador de deficiência visual e motora (cadeirante), projeto criado pelas alunas Daniela Vergara Ribeiro e Gabriela Fonseca Pereira. E, também, um armário-biblioteca para armazenamento de trabalhos dos alunos, projetado por Rafaele Knabach e Valéria Mendes Silveira. A doação dos móveis finaliza uma proposta lançada pelos professores da disciplina de oficina de projetos — aplicada no terceiro e quarto módulos do curso de design de móveis — aos alunos formados.

“Todos esses meses de trabalho resultaram em uma grande troca de vivência entre nós”, afirma a estudante Raquel Xavier Gonçalves, aluna do curso de design de móveis. Segundo ela, é importante essa oportunidade de anexar ao currículo algo mais que um simples projeto de sala de aula, com esse tipo de atividade que inclui uma formação cidadã.

Os alunos elaboraram o projeto dos móveis, que foram confeccionados pela marcenaria do curso. Já a madeira foi cedida pelo próprio Cefet. O diretor geral do Cefet-RS, Antônio Carlos Barum Brod, ressalta que os móveis representam a extensão do Cefet dentro da Escola Louis Braille. “Nos enche de orgulho ver o trabalho dos nossos alunos resultar em algo tão importante, que é a inclusão de pessoas com necessidades especiais”, disse. O diretor também conta que essa é uma atividade de design de inclusão social, onde,  além de métodos objetivos de bom projeto, são levados em consideração aspectos éticos, de cuidado, colaboração e respeito com o outro.

História — Essa não é a primeira vez que, na conclusão do curso, alunos do design de móveis do Cefet-RS colocam seus serviços à disposição da comunidade. O Hospital da Fundação de Apoio Universitário (FAU), da Universidade Federal de Pelotas, foi um dos contemplados com um carrinho para revistas, há dois anos. “A intenção é fazer com que os alunos englobem todo o conhecimento adquirido em um projeto multidisciplinar”, explica a professora do curso, Marina Loder. Ela lembra que há preocupação em inserir um caráter social no tema proposto. Segundo ela, se os alunos tivessem de desenvolver um projeto fictício seria menos proveitoso. “A situação prática estimula a criatividade, no sentido de trazer soluções aos problemas apresentados, e torna o ato de projetar mais prazeroso”, ensina.


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