Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica      Nº 156 - 16 a 20 de abril de 2007
 


       Cabo Verde

Professores do Centro Federal de Educação Tecnológica (Cefet) de Goiás vão a Cabo Verde, país africano formado por dez ilhas, ministrar dois cursos técnicos profissionalizantes em turismo para 200 trabalhadores e gerentes de hotéis. A qualificação profissional faz parte de um acordo de cooperação técnica assinado entre Brasil e Cabo Verde que prevê a colaboração brasileira em diversas áreas, dentre elas, a educação. Será um curso de 80 horas para 150 profissionais em cozinha (alimentos e bebidas), restaurante e bar, recreação e lazer, recepção e eventos. E outro para 50 trabalhadores das áreas de gerência, controle hoteleiro e governança, com 120 horas de duração.


       Uruguai

Quatro representantes do Conselho de Educação Técnico-Profissional da Universidade do Trabalho do Uruguai (CETP/UTU) participam, de 16 a 20 deste mês, de visita ao Centro Federal de Educação Tecnológica de Ouro Preto (Cefet-Ouro Preto). Os uruguaios conhecerão o curso técnico da área de mineração oferecido pela escola e que servirá de modelo para o curso que pretendem implantar em breve. Durante a visita, os representantes do Uruguai irão conhecer o conteúdo programático e estrutura curricular do curso, visitar as empresas que mantêm relações institucionais com a escola, conhecer as linhas de pesquisa desenvolvidas e definir as possíveis áreas de desenvolvimento de uma proposta de cooperação entre os dois países.
Programa Escola de Fábrica seleciona projetos para 2007


Está aberta a seleção para o programa Escola de Fábrica 2007, vinculado à Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica (Setec/MEC). As instituições interessadas em inscrever projetos  têm até 1º de junho para encaminhá-los ao Ministério da Educação. A divulgação das instituições selecionadas será no dia 2 de julho.

Os projetos devem ser voltados para a execução de cursos de formação inicial e profissional. Poderão participar da seleção projetos de instituições públicas ou privadas sem fins lucrativos. Essas instituições (gestoras) serão responsáveis pela gestão, produção técnico-pedagógica, acompanhamento, avaliação e certificação dos alunos.

Preparar o jovem para o exercício de uma profissão e criar oportunidades de trabalho e renda são alguns dos objetivos do Escola de Fábrica. O programa tem como diferencial uma parceria entre o governo federal com entidades públicas e privadas sem fins lucrativos na instalação de salas de aula em empresas para formar jovens profissionais. Toda empresa, de qualquer ramo produtivo, pode participar do Escola de Fábrica em todas as regiões do país, por meio de parceria com uma entidade pública ou privada sem fins lucrativos credenciada pelo MEC.

Os estudantes recebem durante o período do curso alimentação, uniforme, transporte, material didático, seguro de vida e bolsa-auxílio de R$ 150,00. Desde setembro de 2005, 18 mil alunos iniciaram aulas em 250 municípios. Foram aprovados 900 cursos que estão sendo ministrados em 24 estados.

Investimento — O MEC investiu cerca de R$ 28 milhões no Escola de Fábrica em 2005. Em 2006, o investimento foi de R$ 42,5 milhões. Para 2007, a previsão de investimento é de R$ 110,5 milhões. A meta é certificar 41,5 mil jovens com renda per capita até 1,5 salário mínimo até o fim de 2007. As inscrições devem ser feitas na página eletrônica do programa, onde são encontradas informações sobre o edital da Chamada Pública 2007, o Manual de Cadastro de Projetos  e as orientações para a Chamada Pública 2007.

 




Educação de jovens e adultos deve contar com financiamento e professores


Formação de professores e financiamento são as principais carências do Programa de Integração da Educação Profissional ao Ensino Médio na Modalidade de Educação de Jovens e Adultos (Proeja). Educadores envolvidos com a educação de jovens e adultos e a com educação profissional e tecnológica chegaram a essa conclusão durante seminário realizado em Brasília na última semana.

A diretora do Departamento de Políticas e Articulação da Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica (Setec/MEC), Jaqueline Moll, garante haver empenho do Ministério da Educação na ampliação do financiamento para o programa, sobretudo para a oferta de bolsas aos alunos. “Seria uma forma de enfrentarmos um grande problema que é a alta evasão”, afirmou.

Outra demanda identificada pelos educadores é a formação de professores vinculada à produção de nova matriz curricular. Jaqueline destacou que é preciso criar uma rede com as outras áreas de ensino — fundamental, médio, superior e educação profissional e tecnológica.

Também é importante a participação dos movimentos sociais. Para Jaqueline, os representantes desses movimentos ajudam na elaboração de estratégias de atendimento das demandas.

De acordo com Edigar Jorge, representante do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), o movimento alfabetizou cerca de cem mil jovens e adultos nos últimos 20 anos. O dilema atual é permitir ao alfabetizado dar continuidade aos estudos. “Ultimamente, o MST não é mais visto pelo sistema público estadual e municipal como algo que só ocupa terra, mas que também faz educação”, disse Jorge. “Ele consegue fazer parcerias com secretarias de educação municipais e estaduais, às vezes intermediadas por universidades, para escolarizar a população.”

 


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