|
|
MEC quer certificar 65 milhões de brasileiros até 2019 O governo quer colocar os 65 milhões de trabalhadores, sem formação, na escola nos próximos 15 anos. Como declarou o secretário de Educação Profissional e Tecnológica do Ministério da Educação, Antonio Ibañez Ruiz, durante seminário realizado em Brasília, na semana passada: "Sem capacitação e certificação, esses profissionais estarão condenados à informalidade". A taxa de desemprego no Brasil atingiu 12,8% em março, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). São 2,7 milhões o número de desocupados nas regiões metropolitanas pesquisadas pelo instituto. Do total de desempregados, 43,3% têm, pelo menos, o ensino médio completo. Segundo Ibañez Ruiz, para cumprir a meta de formar esses trabalhadores e atrair esta parcela de brasileiros para a capacitação, "conta-se com toda a sociedade brasileira, da União ao Sistema "S", passando pelos sindicatos, os sistemas estaduais e as organizações não-governamentais". O primeiro passo neste sentido já foi dado. O MEC fez um levantamento de todas as entidades que oferecem educação de jovens e adultos em conjunto com a educação profissional. "Agora, trabalha-se em uma avaliação dessas instituições e também na elaboração de uma metodologia de trabalho e de um planejamento", diz, pois "precisamos saber quantos trabalhadores poderão ser capacitados e certificados nas próximas três décadas por cada um desses agentes". Fórum - A meta foi explicada pelo secretário Ibañez para os cerca de 60 participantes da primeira reunião de trabalho do Fórum Nacional de Educação Profissional e Tecnológica. A entidade se reuniu para discutir as políticas para o setor, elaboradas a partir de sugestões feitas ao Ministério da Educação pela sociedade. O documento será referência para implementar a lei orgânica da educação profissional e tecnológica que será enviada, em outubro, na forma de projeto de lei, ao Congresso Nacional. O fórum, instância de caráter consultivo criada pelo Ministério da Educação em outubro de 2003, tem como proposta articular os diferentes níveis da educação profissional e tecnológica, aprimorar a extensão e a pesquisa na área e aumentar o número de vagas e de escolas. A idéia é reunir distintos segmentos do governo e da sociedade para traçar a política de educação profissional e tecnológica. "Política que é um dos pilares dos princípios nacionais de desenvolvimento sustentável", afirma o secretário Antonio Ibañez Ruiz. A instância vai evitar o clientelismo e racionalizar a aplicação de recursos públicos, além de ampliar o trabalho conjunto das instituições que trabalham com esse segmento educacional. |
||||
|