Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica      Nº 170 - 23 a 27 de julho de 2007
 


       Técnico Empreendedor
Foi oficializada na última quarta-feira, 25 de julho, a participação do mais novo parceiro do Programa Técnico Empreendedor: o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA). Desenvolvido desde 2002, por meio de convênio entre o Ministério da Educação e o Sebrae, o programa busca fomentar e reconhecer iniciativas que estimulem atitudes empreendedoras nos alunos de Educação Profissional. Com a atuação do MAPA, pretende-se fortalecer a implantação da cultura de cooperativismo no ambiente institucional. Na cerimônia de oficialização da parceria foi renovada também a duração do projeto, que se estende por mais dois anos, correspondentes ao biênio 2007/2008. O secretário da Setec/MEC, o diretor presidente do Sebrae e o ministro do MAPA estiveram presentes no evento. Mais informações sobre o Técnico Empreendedor nos telefones (61) 2104-9681/9647 ou no email: programatecnicoempreendedor@mec.gov.br.


       Ensino técnico a distância
A 1ª reunião do grupo de trabalho que irá elaborar referenciais para produção de material didático dos cursos técnicos a distância aconteceu de 23 a 25 de julho no Ministério da Educação, em Brasília. O encontro resultará em relatório final, documento que será guia na elaboração dos referenciais e permanecerá em consulta pública para sugestões e/ou alterações. Os cursos serão oferecidos pelo programa E-Tec Brasil, que visa democratizar o acesso ao ensino técnico público, levando cursos às regiões distantes e para a periferia das grandes cidades. Os objetivos do programa são incentivar os jovens a concluir o ensino médio e criar uma rede nacional de escolas de ensino médio profissionalizante, na modalidade a distância. As escolas públicas e instituições de educação profissional interessadas em participar do E-Tec Brasil têm até o dia 19 de agosto para fazer a pré-inscrição ao programa. Mais informações no endereço eletrônico www.etecbrasil.mec.gov.br ou no email: etecbrasil@mec.gov.br
Jornada da região Sul apresenta pesquisa sobre resíduos de uva

Reaproveitar resíduos da fabricação de vinho branco, espumantes ou suco de uva para a produção de diversos produtos de interesse comercial, proporcionando ganhos comerciais, sociais, além do uso ambientalmente correto dos resíduos. Essa é uma das pesquisas que será apresentada na 1ª Jornada da Produção Científica da Educação Profissional e Tecnológica da região Sul, que acontece de 8 a 10 de agosto na sede do Centro Federal de Educação Tecnológica de Santa Catarina (Cefet-SC) e na unidade de São José, em Florianópolis. A jornada tem entre seus objetivos divulgar e consolidar a produção científica da educação profissional e tecnológica na região.

A pesquisa foi realizada pelo professor José Hilton de Araújo, da área ambiental da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR), em parceira com os estudantes Rodrigo Ferreira Lopes, aluno do curso de tecnologia ambiental da UTFPR e Talita Butzske Bússolo, estudante de tecnologia em alimentos da UTFPR. O trabalho mostra que dos resíduos resultaram vários produtos, como sabonetes esfoliantes, graspa e óleo de sementes de uvas.

A partir das sementes de uvas secas e trituradas, extraiu-se óleo, que resulta em cremes faciais protetores (hidratantes e contra envelhecimento facial). Das sementes trituradas e isentas de óleo, pode-se produzir gel esfoliante facial e sabonetes. “Concluímos, por meio das pesquisas e estudos realizados, que os produtos obtidos foram bem aceitos perante os consumidores, podendo posteriormente ser processados industrialmente”, afirma o professor José Hilton.

Comércio - Na formulação de complementos alimentares, o preço de custo unitário das barras de cereais obtidas foi de R$0,27, sendo 70% inferior ao preço das barras comercializadas nos supermercados. A granola obtida apresentou custo de produção de R$2,50 para cada pacote de 250g, com custo 28,4% menor que a granola encontrada nos supermercados.

“A incorporação desses resíduos na formulação dos suplementos alimentares elevaram o seu valor nutricional, diminuíram o custo desses produtos, além de fornecer nutrientes da uva, como polifenóis, agentes anti-oxidantes, e minerais”, explica o professor Hilton.

Segundo ele, os produtos obtidos a partir dos resíduos gerados nas indústrias vinícolas proporcionam uma fonte de renda extra para os produtores rurais, proprietários das indústrias ou pessoas interessadas em diversificar seu ramo de atuação comercial e industrial. “Além disso, há um papel social na geração de renda para comunidades carentes, com o uso ambientalmente correto dos resíduos que seriam dispostos no solo”.

Promovida pela Secretária de Educação Profissional e Tecnológica (Setec/MEC), a jornada da região Sul tem o apoio dos centros federais de educação tecnológica (Cefets), escolas técnicas federais (ETFs) e escolas agrotécnicas federais (EAFs) da região. Outras informações no endereço eletrônico: http://www.cefetsc.edu.br/~jornada/

 




Escola de Fábrica leva jovens gaúchos ao mercado de trabalho


O estudante Leandro Cerveira, 18 anos, é um dos 60 jovens formados pelo programa Escola de Fábrica em Taquara, Rio Grande do Sul. A solenidade de formatura aconteceu na última sexta-feira, 20 de julho, no campus da Faccat - Faculdades de Taquara, unidade gestora.

Leandro, que fez o curso de iniciação profissional em comércio e prestação de serviços, gostou muito do projeto e disse que estagiou em várias empresas. “Isso me ajudou a entender melhor como funcionam os vários setores do comércio”, argumentou. Já Ariane Patrícia de Souza Lima, 17 anos, que também estagiou no comércio, elogia o Escola de Fábrica destacando a experiência de poder se qualificar para o mercado profissional.  “Todos nós fomos muito bem preparados”, elogiou a estudante taquarense.

O secretário de Educação Profissional e Tecnológica Eliezer Pacheco ressaltou que essa iniciação profissional é fundamental para a manutenção dos jovens na escola. Segundo o secretário, as atividades dos alunos nas empresas têm um princípio pedagógico e educativo.

“O Escola de Fábrica ajuda a quebrar a lógica de que jovens sem experiência têm mais dificuldade para ingressar no mercado de trabalho. O índice de empregabilidade desses alunos é alto. Só se aprende uma profissão, exercendo-a”, enfatizou Pacheco.

O objetivo do programa é iniciar os jovens no mercado de trabalho, possibilitando aliar a teoria à prática em atividades junto às empresas. Para isso, o Ministério da Educação oferta bolsa mensal de R$ 150,00, material escolar e uniforme, além do suporte pedagógico oferecido pela unidade gestora, como forma de incentivo aos jovens que freqüentam o ensino fundamental.

Em 2006, o investimento do Escola de Fábrica foi de R$ 42,5 milhões. Para 2007, a previsão é de R$ 35 milhões. A meta é certificar 41,5 mil jovens com renda per capita de até 1,5 salário mínimo até o final de 2007.


Boletim eletrônico semanal interno da Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica
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