“A educação de jovens e adultos tem hoje o mesmo peso que as demais modalidades na política de ensino”, disse na última quarta-feira, 28, o ministro Fernando Haddad na abertura do encontro preparatório da 6ª Conferência Internacional de Educação de Adultos (Confintea), que se realizará no próximo ano. De acordo com Haddad, a educação de jovens e adultos terá R$ 2,8 bilhões do total de investimentos, este ano, do Fundo da Educação Básica (Fundeb), valor que deve ser aumentado em 2009.

Para o ministro, a política pública de educação deve ser articulada de forma sistêmica para que se dê a mesma atenção à pré-escola e à pós-  graduação. “Garantir o direito à educação também aos brasileiros que não concluíram o ensino básico na idade apropriada tem um impacto positivo para toda a sociedade”, explicou.

As ações do governo federal que aliam ensino à profissionalização constituem-se, segundo o ministro, na  melhor alternativa para os adultos na educação básica. Dentre as iniciativas citadas por ele estão o Programa Nacional de Integração da Educação Profissional com a Educação Básica na Modalidade de Educação de Jovens e Adultos (Proeja), da Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica (Setec/MEC).

O Proeja visa atender a trabalhadores, acima de 18 anos, com trajetórias escolares interrompidas ou descontinuadas, sem o ensino médio ou sem a formação profissional formal. Os cursos poderão ser oferecidos nas formas integrada e concomitante.

Recentemente, foi ampliada a oferta de cursos e programas no âmbito da educação básica na modalidade de jovens e adultos, para que possam ser oferecidos por instituições públicas dos sistemas de ensino e por entidades privadas nacionais. Além do ensino médio, agora esses cursos também podem ser articulados com o ensino fundamental. Os cursos de nível médio poderão estar articulados com a educação profissional técnica de nível médio com a formação inicial e continuada e os cursos de nível fundamental deverão estar integrados com a formação inicial de trabalhadores.