Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica      Nº 48 - 21 a 27 de junho de 2004
 


       Posse 1

Ivam Holanda de Souza assumiu na terça-feira, dia 22, a direção da Escola Agrotécnica Federal de Iguatu (CE). Nos próximos quatro anos, ele pretende valorizar o servidor para aperfeiçoar a qualidade dos serviços prestado às comunidades interna e externa da escola.






       Posse 2

Outra meta de Ivam Holanda de Souza é melhorar o nível dos profissionais que estão ingressando no mercado de trabalho. Para isso, vai investir no ensino, na pesquisa e na extensão.

 

Ruta Quetzal leva a sala de aula para a rua

Estudantes brasileiros partem para viagem de descobrimento com jovens de outros 43 países

No dia 19 de junho, quatro estudantes de instituições federais de educação tecnológica embarcaram para o México. Lá, eles vão se aventurar na Ruta Quetzal-BBVA 2004 com jovens ibero-americanos e europeus de outros 43 países. A expedição, intitulada De los Volcanes Mexicanos a la Traslatio - V centenário de la Muerte de Isabel de Castilla, percorrerá ainda Portugal e Espanha.

Francyelle Jaqueline Martins e Cleyciane Gonçalves Martins, dos centros federais de educação tecnológica de Bambuí (MG) e Petrolina (PE), Antonio Jackson Ribeiro Barroso e Tiago Gomes Pereira de Souza, das escolas agrotécnicas federais de Codó (MA) e Iguatu (CE), começarão a aventura descobrindo os mistérios do México. Naquele país, participarão da celebração do bicentenário da chegada da expedição real de vacinação contra a catapora e saberão quem foi Vasco de Quiroga, humanista e religioso espanhol que se interessou pela situação social dos índios mexicanos. Depois, na Espanha, os estudantes vão embarcar em um navio da Armada espanhola e percorrer a rota do cortejo fúnebre que, em 1504, acompanhou o corpo da rainha Isabel I de Castela de Medina do Campo até Granada.

Futuro - Antônio, Cleyciane, Francyelle e Tiago receberam a notícia da viagem com entusiasmo. "Quero fazer amigos e ganhar conhecimento", disse Antônio, 16 anos. Cleyciane, 17, acredita que a viagem vai ampliar sua visão de mundo e permitir que ela conheça melhor o Brasil. Francyelle, também com 17 anos, entende que o conhecimento da realidade do México, de Portugal e da Espanha a fará valorizar mais a cultura brasileira. Tiago, de 15 anos, espera conhecer o mundo dos colegas de aventura e mostrar a eles o que o Brasil tem de interessante. Eles voltam ao Brasil no dia 30 de julho.

Os professores de Antônio, Cleyciane, Francyelle e Tiago também ficaram realizados com as perspectivas de seus alunos. Para Ana Lúcia Aguiar, professora de História de Cleyciane, a viagem possibilitará à estudante a caminhada em direção à cidadania. José Cardoso de Souza Filho, da EAF Codó, pensa como Ana Lúcia. A educação, segundo ele, não está restrita ao saber fazer bem feito: "Tem relação com a convivência e o respeito pelo outro. Antônio terá esse aprendizado", disse. Alder Teixeira, coordenador-geral de ensino da EAF de Iguatu, escola de Tiago, vê a oportunidade como uma ampliação da formação humanista que é ministrada nas escolas da rede federal de educação. Amélia Teixeira Paixão, do Cefet de Bambuí, acredita que Francyelle terá uma experiência de vida que será útil em toda a sua vida profissional.

 




Ensino profissional e médio integrados

O secretário de Educação Profissional e Tecnológica do Ministério da Educação, Antonio Ibañez Ruiz, acredita que a reforma do ensino profissional, que está na Casa Civil da Presidência da República - deve ser publicada nos próximos dias -, proporcionará uma mudança não só no ensino profissionalizante, mas em todo a educação média. A declaração foi feita na abertura da reunião do Fórum Permanente: Currículo do Ensino Médio, realizado no dia 15 de junho, no MEC.

A reforma da educação profissional permite que as instituições de ensino ofereçam educação média e profissional integradas. "Isso vai permitir que o aluno fique mais tempo na escola, em vez de engrossar as filas de pessoas em busca de emprego, e já saia com uma habilitação técnica de nível médio", disse o secretário.

Ibañez lembra que de dois milhões de formandos do ensino médio, somente 400 mil entram nas universidades. Ou seja, 1,6 milhão vão tentar outro vestibular, vão para o mercado de trabalho ou para uma escola técnica. "Temos, hoje, 600 mil matrículas nas escolas técnicas em todo o Brasil. Isso significa que nem todos os que saem do ensino médio terão acesso ao ensino técnico. É para esses alunos que vai servir a reforma do ensino profissional", avalia.

Para o secretário, no entanto, é preciso evitar o que aconteceu nas décadas de 1970 e 1980, quando o ensino profissionalizante tornou-se obrigatório e caiu no descrédito. "Para impedir isso, vamos trabalhar desde já nas diretrizes curriculares do ensino médio e tecnológico. Com esse instrumento, as instituições que quiserem implementar o ensino técnico saberão exatamente o que precisam fazer", afirmou.


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