Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica      Nº 55 - 9 a 15 de agosto de 2004
 


       Cefet-RR

Ao tomar posse na semana passada (3/8), em Brasília, o novo diretor-geral do Centro Federal de Educação Tecnológica de Roraima (Cefet-RR), Edvaldo Pereira da Silva, disse querer que a instituição cumpra sua função social junto à comunidade. Ele se referia ao projeto que leva alunos dos cursos de enfermagem e de análises clínicas a percorrerem escolas de Boa Vista, à noite, para falar sobre conservação da saúde e colherem material para exames laboratoriais gratuitos.

Outra meta de Edvaldo Silva é ampliar a oferta de vagas da escola, que oferece, atualmente, o curso de tecnólogo em Turismo e 11 cursos técnicos, além do ensino médio.



       Fórum

O MEC vai promover, dias 17 e 18 de agosto, a segunda reunião ordinária do Fórum Nacional de Educação Profissional e Tecnológica. Marcada para Brasília, a reunião contará com cerca de cem participantes que vão discutir o regimento do fórum, a formação inicial e continuada de professores e a educação de jovens e adultos.

Inaugurado novo prédio da Politécnica de Saúde

Escola de Saúde Joaquim Venâncio é referência na área

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ministro da Educação, Tarso Genro, inauguraram na semana passada (5/8) mais um prédio da Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio. A instituição é uma referência na área de saúde no País há 18 anos.

Atua como Secretaria Técnica da Rede de Escolas Técnicas do Sistema Único de Saúde (SUS), coordena o Programa de Formação de Agentes Locais em Vigilância em Saúde, sedia a Estação de Trabalho Observatório dos Técnicos em Saúde e coordena a capacitação técnica de multiplicadores em Registros de Saúde para a implantação do Cartão Nacional de Saúde.

A instituição desenvolve projetos de ensino e pesquisa nas áreas de educação profissional de nível básico e técnico em gestão, vigilância, informação, laboratório e manutenção de equipamentos de saúde. Possui departamentos de formação profissional para o sistema de saúde e de formação profissional em ciência e tecnologia em saúde.

A construção do novo prédio da Escola Politécnica foi viabilizada graças a investimentos do Programa de Expansão da Educação Profissional, do Ministério da Educação (Proep). Assinado em 2002, o convênio garantiu recursos na ordem de R$ 3,8 milhões para obras de construção (o novo prédio tem 5 mil metros quadrados de área construída) e para aquisição de equipamentos e material de ensino. A estimativa é de que a escola amplie a educação profissional para estudantes da região, atendendo, a partir do quarto ano de investimento, 4.430 jovens em cursos de qualificação, 580 alunos em cursos técnicos e 90 estudantes em cursos tecnológicos. A escola já ministra ensino médio tecnológico.


 




Saiba mais sobre a articulação entre os ensinos médio e técnico

Com a publicação do Decreto 5.154, muitas são as instituições e estudantes que ainda têm dúvidas relacionadas à articulação entre os ensinos médio e técnico no Brasil. Nesta edição, esclarecemos algumas delas.

Quais são os níveis da educação profissional?
Existem quatro modalidades: formação inicial e continuada de trabalhadores, habilitação técnica de nível médio, graduação tecnológica e pós-graduação tecnológica. Na primeira, estão os cursos destinados a capacitação, atualização e aperfeiçoamento profissionais, com qualquer nível de escolaridade.

Os cursos e programas de formação inicial e continuada de trabalhadores deverão estar articulados com cursos de educação de jovens e adultos. Sua meta é qualificar para o trabalho e elevar o nível de escolaridade do trabalhador. Após essa fase, o estudante poderá aproveitar sua qualificação inicial e complementá-la com cursos técnicos de nível médio, de graduação e de pós-graduação. Esta evolução permitirá ao trabalhador uma certificação gradativa.

Como poderão ser articulados os ensinos médio e técnico?
Os cursos pderão ser articulados de três formas: integrado, concomitante e subseqüente. Na forma integrada, os estudantes podem freqüentar os ensinos médio e técnico de nível médio ao mesmo tempo, na mesma grade curricular e na mesma escola. Na forma concomitante, os alunos fazem o ensino médio em uma escola, em um turno, e o técnico, em outro ou, ainda, podem cursar cada curso em instituição diferente. Na forma subseqüente, o estudante inicia o curso técnico somente após o término do ensino médio.

Como ficam os estudantes que já estão no ensino médio ou técnico?
Para os alunos que estão estudando atualmente, nada será modificado. As mudanças somente serão válidas para novas matrículas.

Todas as instituições de ensino brasileiras devem aderir à nova modalidade a partir de 2005?
Não necessariamente. A vantagem do projeto é que o modelo proposto pelo Decreto 5.154 não é rígido e impositivo a todas as escolas e estudantes do País. A legislação permite que as instituições e os jovens escolham o caminho mais adequado para sua realidade. Cada escola deverá decidir se quer aderir ou não à proposta, assim como cada estudante poderá escolher o caminho que acreditar ser mais produtivo.

O ensino médio tecnológico será ofertado em quatro anos?
Das 2.400 horas de carga horária mínima determinada pela LDB para o ensino médio, 25% deve ser utilizada para disciplinas eletivas, que atendam características de cada região brasileira.

A duração do curso será determinada em função do número total de horas de cada curso, a ser definido pelas diretrizes curriculares. Já a carga horária diária será determinada pela escola. Dessa maneira, nada impede que um curso tenha três ou quatro anos de duração, desde que se respeitem as normas.


Alunos do Cefet-Al projetam foguete a água

A água também é um elemento de propulsão. Isto é o que querem demonstrar cinco estudantes do Centro Federal de Educação Tecnológica de Alagoas (Cefet-AL), ao lançar um protótipo de foguete feito de garrafa plástica.

O equipamento está sendo desenvolvido há dois anos. Desta vez, os estudantes Alan Silva de Morais, Daniel Beserra, Davi de Albuquerque Mendonça, Felipe Marinho e Romani Bezerra pretendem lançar o foguete, automaticamente, com a decolagem feita por controle remoto.

Os alunos desenvolveram o equipamento, depois de lerem um livro russo sobre foguetes montados em garrafas plásticas. "O foguete pode alcançar até 500 metros de altura. Queremos colocar uma câmera digital para captar todo a trajetória do artefato", diz Alan Morais.

O protótipo está sendo feito na Oficina de Física da escola e, para montá-lo, os alunos utilizam canos de PVC, sacolas plásticas e válvulas de câmaras de ar. Esses componentes reciclados provocam o lançamento eletrônico por computador.

O foguete se movimenta segundo a terceira lei de Newton, que diz: "Se um corpo A aplica uma força sobre um corpo B, este corpo B aplicará simultaneamente uma força de igual intensidade e direção, mas sentido contrário, sobre o corpo A". Em um foguete de verdade, o escape de gases resultantes da combustão se dá em sentido contrário ao de seu movimento. No foguete de sucata o princípio é o mesmo. Quando a boca da garrafa se desprende da base, o ar comprimido empurra a água para fora em grande velocidade, gerando uma força para baixo e uma reação para cima.



 


Boletim eletrônico semanal interno da Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica
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