Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica      Nº 56 - 16 a 22 de agosto de 2004
 


       Pacto

O Ministro da Educação, Tarso Genro, vai lançar às 11h de amanhã (17/08), na abertura da segunda reunião do Fórum Nacional de Educação Profissional e Tecnológica, um pacto pela valorização da área. O evento será realizado no Hotel Carlton, em Brasília, localizado no Setor Hoteleiro Sul, Quadra 5, Bloco G.

O Pacto pela Valorização da Educação Profissional e Tecnológica é uma agenda mínima de trabalho para uma política pública de profissionalização sustentável, proposta pela Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica (Setec/MEC) e os conselhos dos Dirigentes dos Centros Federais de Educação Tecnológica (Concefet), Nacional das Escolas Agrotécnicas Federais (Coneaf) e dos Diretores das Escolas Técnicas Vinculadas às Universidades Federais (Condetuf), além do Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica e Profissional (Sinasefe).

O projeto tem cinco itens: ordenamento legal, fortalecimento das redes federal e estaduais de educação profissional e tecnológica, política de fortalecimento, modernização e expansão, articulação de redes e parceria público-privada.

O MEC quer que a educação profissional e tecnológica esteja comprometida com o projeto de desenvolvimento brasileiro, que tem três eixos: inclusão social de milhões de brasileiros no mundo do trabalho, desenvolvimento de forças produtivas nacionais e diminuição das vulnerabilidades econômicas, culturais, científicas e tecnológicas.



       Posse

José Ferreira Costa e Fábio Lustosa Souza foram empossados na semana passada, em Brasília, como diretores do Centro Federal de Educação Tecnológica do Maranhão (Cefet-MA) e da Escola Agrotécnica de Codó (MA), respectivamente.

José Costa vai investir nos laboratórios e na sala de aula nos quatro anos de seu mandato. Ele quer formar parcerias com empresas para que os estudantes da escola possam ter aulas práticas dentro das fábricas. Ele também vai "regularizar" a sala de aula do Cefet-MA, contratando professores substitutos ou firmando convênios com a Escola Agrotécnica de São Luís e a Universidade Federal do Maranhão.

O professor Fábio Lustosa Souza vai investir em três pilares durante sua gestão: força, modernidade e humanização. Ele pretende fortalecer a instituição e estreitar laços com a comunidade e as empresas. Além disso, quer reestruturar o ensino, a pesquisa e a produção. Outra meta é valorizar os profissionais da educação, com a implantação de políticas de recursos humanos mais eficazes.

 

Vinho do Cefet Bento Gonçalves vai ganhar selo

Pedido foi encaminhado à Associação dos Produtores de Vinhos Finos do Vale dos Vinhedos, que certifica produtos elaborados na região

Os vinhos elaborados pelo Centro Federal de Educação Tecnológica (Cefet) de Bento Gonçalves (RS) podem se tornar os primeiros do Brasil a vir com selo de Identificação de Procedência (IP). O pedido foi encaminhado à Associação dos Produtores de Vinhos Finos do Vale dos Vinhedos (Aprovale), entidade que certifica os vinhos elaborados na região do Vale dos Vinhedos (Monte Belo do Sul, Bento Gonçalves e Garibaldi).

Treze vinícolas do vale gaúcho já conquistaram o direito de utilizar o selo. Elas passaram por um processo de avaliação rigoroso, que verifica itens sobre a origem e a qualidade da uva e do vinho, o modelo de produção e o cumprimento da legislação e exige o constante aprimoramento do processo de elaboração. Para ganhar a IP, as vinícolas devem produzir as uvas, elaborar e engarrafar o vinho dentro do Vale dos Vinhedos. A IP é o primeiro passo para as vinícolas solicitarem a Denominação de Origem, certificação usada por vinícolas européias que controla a produção, especifica e atesta a qualidade e o tipo de vinhos produzidos em cada região.

O Cefet de Bento Gonçalves integra a rede federal de educação da Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica do Ministério da Educação (Setec/MEC). Tem cinco cursos técnicos de nível médio: enologia, agropecuária com habilitação em agricultura, zootecnia, agroindústria e informática. Desde 1995, tem também o curso superior de tecnólogo em viticultura e enologia e é o centro formador dos enólogos que atuam como responsáveis técnicos em todas as vinícolas do País. O curso de enologia e viticultura tem 122 alunos no nível médio e outros 110 no nível superior.


Proep financiará curso de pirotecnia

O Programa de Expansão da Educação Profissional (Proep) da Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica (Setec) vai formar jovens em uma profissão inédita no País: a de técnico em pirotecnia. Com a reativação do convênio celebrado entre o MEC e a Secretaria de Educação do Estado da Bahia, suspenso em 2003 e retomado em maio deste ano, o Proep repassará recursos da ordem de R$ 1,7 milhão para a secretaria realizar obras de construção do Centro de Educação Profissional de Santo Antonio de Jesus e viabilizar a criação do curso técnico de pirotecnia. Atenderá assim a uma demanda específica da região, que mantém diversas fábricas de fogos de artifício.

Além do curso de pirotecnia, a escola irá ofertar programas de qualificação e técnicos nas áreas de comércio e agropecuária, com habilitações em bens e serviços e agroindústria.

O Proep financiará os recursos necessários para a construção da escola, aquisição de equipamentos e material didático.
Também custeará a construção de laboratórios de cartonagem, montagem e bombas, do setor de pasteurização e defumados, de beneficiamento de caju e de café, de informática, além das quatro salas de aula do centro. Ficará encarregado, ainda, de viabilizar a parte administrativa, inclusive a organização de uma empresa júnior. A Secretaria de Educação do Estado será responsável pela manutenção da escola e contratação de funcionários e professores, além de equipar o laboratório de química.

A estimativa da secretaria é de que a escola possa atender cerca de 300 alunos por ano em cursos técnicos e cerca de 1.400 estudantes ao ano em cursos básicos.

 




Orçamento de agrotécnicas será 26,4% maior em 2005

O secretário de Educação Profissional e Tecnológica do MEC, Antonio Ibañez Ruiz, divulgou na semana passada, durante reunião do Conselho dos Diretores das Escolas Agrotécnicas Federais (Condaf), que o orçamento destinado àquelas instituições terá um acréscimo de 26,4% para custeio e investimento em 2005. O ministério também vai apoiar as escolas agrotécnicas federais (EAFs) em outras frentes, como na priorização de investimentos do Programa de Expansão da Educação Profissional (Proep) e na contratação de consultores que vão preparar o corpo técnico dessas instituições para elaborar projetos e buscar financiamento externo junto a órgãos de fomento.

A Setec incluiu ainda no orçamento do próximo ano um incentivo financeiro de R$ 3,3 milhões para criação, reforma e manutenção de alojamentos das EAFs. Para a diretora da EAF de Alegrete (RS), Carla Jardim, esse recurso não resolve todos os problemas, mas possibilita melhorar as condições de vida dos alunos e ampliar o número de vagas. Em sua escola, dos 1.211 estudantes, 150 são internos. O orçamento da EAF de Alegrete, que ministra cinco cursos técnicos e o ensino médio, é de R$ 1,58 milhão por ano.

Para o secretário Antonio Ibañez, essas ações "mostram que o Governo está com olhos direcionados para a educação. Acreditamos que o desenvolvimento sustentável brasileiro virá apoiado pela área".

Coneaf - No encontro de diretores de agrotécnicas, foi empossada a nova diretoria da entidade, que será presidida, até agosto de 2005, pelos professores Joaquim Rufino Neto, da EAF de Crato (CE), e Rômulo Eduardo Bernardes da Silva, da EAF de Muzambinho (MG). A nova diretoria quer fortalecer a rede federal de escolas agrotécnicas, principalmente pela importância social dessas instituições. Além disso, foi aprovada a mudança do nome da entidade, que passa a ser denominada Conselho Nacional das Escolas Agrotécnicas Federais (Coneaf).



 


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