Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica      Nº 77 - 31 de janeiro a 6 de fevereiro de 2005
 


       Cefet-MT

O professor Henrique do Carmo Barros, novo diretor do Centro Federal de Educação Tecnológica de Mato Grosso (Cefet-MT), quer fortalecer as metas atingidas em sua primeira gestão. De 2000 a 2004, a instituição criou três cursos superiores e firmou parcerias com estados e municípios para interiorização de cursos regulares. Até 2009, Barros pretende fazer gestões para contratar professores e técnicos administrativos por meio de concurso público e aperfeiçoar os cursos superiores e de pós-graduação. O desenvolvimento de pesquisas aplicadas é outra de suas metas.

 



       Cefet de Pelotas

Antônio Carlos Barum Brod, novo diretor do Centro Federal de Educação Tecnológica de Pelotas (RS), pretende transformar a instituição em centro universitário até 2009. Outra iniciativa será buscar novos investimentos e parcerias e criar estímulos para a carreira de servidores e docentes. Intensificar a participação do Cefet em projetos sociais também está nos planos da equipe de Antônio Carlos Brod.

O Cefet de Pelotas tem 5.077 mil alunos e 229 servidores. São 308 professores em Pelotas e 53, em Sapucaia do Sul. A instituição oferece 12 cursos técnicos, seis de tecnólogo e uma especialização.

 

Escola de Fábrica capacita gestores em São Paulo

Curso orienta organizações na formulação de projetos

Para auxiliar as 79 instituições gestoras credenciadas no projeto Escola de Fábrica a elaborar propostas de trabalho, a Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica (Setec) do MEC promoveu curso de capacitação, na semana passada (de 26 a 28), em São Paulo. As organizações receberam orientações didático-pedagógicas para a formulação dos cursos a serem implantados nas 725 empresas parceiras.

Segundo a coordenadora do Escola de Fábrica, Jane Bauer, o curso é fundamental para a aproximação dos parceiros - entidades da sociedade civil e governo. Essas instituições vão gerir as escolas nas fábricas e serão responsáveis pelo monitoramento do projeto na ponta. Responderão, ainda, pela qualificação e instrução dos professores.
Esses professores serão, em sua maioria, operários das fábricas, conhecedores de sua função, mas que precisam agregar ao conhecimento um conteúdo pedagógico para saber transmiti-lo. "Esses trabalhadores precisam aprender a ensinar", esclarece Jane Bauer, que foi pró-reitora de administração e planejamento da Universidade Estadual do Rio Grande do Sul (UERGS).

O curso, por isso, dará às instituições gestoras as diretrizes da proposta pedagógica e orientações para estruturação da proposta do projeto de cada fábrica. Apesar de o processo de capacitação ter terminado, as entidades não ficarão sem apoio para elaborar seus projetos. Haverá um representante para a Região Sul, outro para o Sudeste e Centro-Oeste e um terceiro para o Norte e Nordeste.

Regionais - Os coordenadores regionais visitarão e supervisionarão cada unidade gestora e também as executoras. Os nomes de dois deles já estão certos: Paulo Ritter cuidará do Sul e Dedé Teixeira, do Norte e Nordeste. Ritter foi vereador em Canoas, cidade da região metropolitana de Porto Alegre, e Dedé Teixeira, prefeito de Icapuí (CE).

O coordenador do Sudeste e Centro-Oeste ainda não foi definido, mas deve ser alguém com capacidade de articulação e formação adequada para o exercício do cargo.

A análise e a aprovação das propostas das 79 entidades para montagem de unidades de formação profissional em 725 empresas dos mais diversos setores - agricultura familiar, energético, metalúrgico, moveleiro, têxtil e vinícola, entre outros - respondem pela terceira fase do Projeto Escola de Fábrica.

Segundo Jane Bauer, da segunda semana de fevereiro a 15 de março, os projetos serão apresentados ao MEC para avaliação. Os resultados devem ser divulgados na primeira quinzena de abril. Para o mesmo mês está prevista a assinatura dos convênios. A formação dos instrutores terá início em maio, com duração de dois meses. Em julho, serão iniciados os cursos, de seis meses.

Meta - O Escola de Fábrica pretende qualificar profissionalmente jovens de baixa renda nas fábricas. A expectativa é de que o projeto seja implementado em 500 empresas de 19 estados e beneficie dez mil alunos por ano. Para isso, o MEC vai investir R$ 20 milhões para abrir 500 unidades de formação profissional. Em contrapartida, as empresas serão responsáveis por alimentação, professores, salas de aula, transporte e uniformes.


 




Formare é exemplo em Natal

A coordenadora do setor de desenvolvimento humano da Companhia de Tecidos Norte de Minas (Coteminas), Maria Helena de Oliveira, foi uma das responsáveis pelo curso de capacitação das instituições credenciadas pelo projeto Escola de Fábrica. Ela apresentou, em São Paulo, a experiência com a formação profissional de jovens de baixa renda realizada em uma fábrica têxtil que a companhia mantém em Natal.

O projeto Formare também mantém unidades de formação em fábricas da empresa em Campina Grande (PB) e em Blumenau (SC). Na capital potiguar, o projeto foi iniciado em setembro de 2003, com aulas de formação de operadores de produção têxtil. A experiência foi concorrida. Na primeira turma, foram inscritos 400 alunos. Na segunda, 700. Dos 20 estudantes formados, 11 foram contratados após a formatura.

Para selecionar os alunos, são avaliados os conhecimentos gerais. Depois, os selecionados passam por uma entrevista psicológica e são visitados em casa.

O curso do projeto Formare na Coteminas tem três módulos, cada um de 11 semanas, com 800 horas de aulas. Para Maria Helena, a experiência mexe com a auto-estima dos jovens e os capacita para a vida, não somente para o trabalho.


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