Regionais
O projeto Escola de Fábrica já definiu os nomes de três coordenadores regionais. Paulo Ritter será o coordenador da Regional Sul; André Luis de Souza Costa, da Regional Norte-Nordeste. William Boger, da Regional Sudeste-Centro-Oeste. Eles serão responsáveis pelas visitas e pela supervisão de cada unidade gestora e também das executoras. A coordenadora-geral do projeto é Jane Bauer.
Tecnep
O Programa de Educação, Tecnologia e Profissionalização para Pessoas com Necessidades Especiais (TecNep) realiza, de 9 a 11 de março, reunião de avaliação das capacitações regionais promovidas em 2004. O encontro servirá ainda para a definição do calendário de ações para este ano, como a difusão da cultura de inclusão social dos portadores de necessidades especiais e a parceria interministerial que pode resultar na elevação do orçamento do projeto.
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Formare será modelo para Escola de Fábrica
Projeto nasceu em 1988 nas empresas Iochpe-Maxion
A equipe pedagógica do Projeto Formare ajuda jovens de baixa renda a desenvolver potencialidades e a se integrar na sociedade como profissionais e cidadãos. Esse trabalho, que nasceu nas empresas de autopeças e equipamentos ferroviários Iochpe-Maxion, em 1988, levou o Ministério da Educação a ter o projeto como modelo para o Escola de Fábrica, que em 2005 vai implementá-lo em 500 empresas de 19 estados e beneficiar 10 mil alunos por ano. O MEC vai investir R$ 20 milhões no projeto este ano.
Existem 34 empresas de vários segmentos com 57 escolas do Formare em todo o país. Atualmente, são 1.100 jovens em formação. O projeto começou em Canoas, Rio Grande do Sul, e em São Bernardo do Campo, São Paulo. Hoje, está em todo o Brasil. Era uma oportunidade de formar jovens dentro da própria empresa. Em 1995, a Fundação Iochpe assumiu a coordenação da rede de escolas técnicas profissionalizantes e tornou o Formare uma franquia social, que multiplica a experiência em outras empresas.
Desde que foi criado, o Formare já capacitou 2.380 jovens. A grande maioria dos alunos continua a estudar. Cerca de 85% deles foram encaminhados com sucesso ao mercado de trabalho. São homens e mulheres de 15 a 17 anos, com renda per capita familiar de meio salário mínimo. Para ser aluno de um curso do Formare, o jovem deve estar cursando o último ano do ensino fundamental ou já estar no ensino médio e morar nas proximidades da fábrica.
Fábio e Welder foram alunos do Formare na Magneti Marelli, de Hortolândia, São Paulo. Eles sabem da importância do projeto em suas vidas. Ambos estudaram no curso de assistente de produção e montagem eletroeletrônica e se tornaram funcionários da multinacional italiana do ramo de autopeças (injeção eletrônica, escapamentos e amortecedores, suspensão, faróis e lanternas). A Magneti Marelli tem escolas do Formare nas plantas de Hortolândia, Mauá e São Bernardo do Campo (São Paulo) e em Lavras (Minas Gerais).
Fábio Dantas Figueiredo, 18 anos, soube do projeto na escola onde estudava. Na época, cursava o terceiro ano do ensino médio. Passou por uma prova, por uma dinâmica de grupo e por uma entrevista. Ao término do curso, ele começou outro, de técnico em eletrônica, no Colégio Bento Quirino. "Surgiu então a vaga na Magneti Marelli", contou. É o primeiro emprego de Fábio, que está entusiasmado com a carreira. Tanto que, quando terminar o curso técnico, pretende estudar engenharia de processos, em Campinas, São Paulo. "Minha vida ficou mais ampla", comemorou.
Welder Aparecido de Aquino, da mesma idade de Fábio, fez o mesmo curso e também continua estudando. Faz mecatrônica no Colégio Bento Quirino. O curso do Formare o levou a descobrir o gosto pela robótica e pela automação. Seus planos são estudar engenharia mecatrônica em Campinas e crescer na empresa.
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