Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica      Nº 80 - 28 de fevereiro a 6 de março de 2005
 


       Regionais

O projeto Escola de Fábrica já definiu os nomes de três coordenadores regionais. Paulo Ritter será o coordenador da Regional Sul; André Luis de Souza Costa, da Regional Norte-Nordeste. William Boger, da Regional Sudeste-Centro-Oeste. Eles serão responsáveis pelas visitas e pela supervisão de cada unidade gestora e também das executoras. A coordenadora-geral do projeto é Jane Bauer.

 



       Tecnep

O Programa de Educação, Tecnologia e Profissionalização para Pessoas com Necessidades Especiais (TecNep) realiza, de 9 a 11 de março, reunião de avaliação das capacitações regionais promovidas em 2004. O encontro servirá ainda para a definição do calendário de ações para este ano, como a difusão da cultura de inclusão social dos portadores de necessidades especiais e a parceria interministerial que pode resultar na elevação do orçamento do projeto.

Formare será modelo para Escola de Fábrica

Projeto nasceu em 1988 nas empresas Iochpe-Maxion

A equipe pedagógica do Projeto Formare ajuda jovens de baixa renda a desenvolver potencialidades e a se integrar na sociedade como profissionais e cidadãos. Esse trabalho, que nasceu nas empresas de autopeças e equipamentos ferroviários Iochpe-Maxion, em 1988, levou o Ministério da Educação a ter o projeto como modelo para o Escola de Fábrica, que em 2005 vai implementá-lo em 500 empresas de 19 estados e beneficiar 10 mil alunos por ano. O MEC vai investir R$ 20 milhões no projeto este ano.

Existem 34 empresas de vários segmentos com 57 escolas do Formare em todo o país. Atualmente, são 1.100 jovens em formação. O projeto começou em Canoas, Rio Grande do Sul, e em São Bernardo do Campo, São Paulo. Hoje, está em todo o Brasil. Era uma oportunidade de formar jovens dentro da própria empresa. Em 1995, a Fundação Iochpe assumiu a coordenação da rede de escolas técnicas profissionalizantes e tornou o Formare uma franquia social, que multiplica a experiência em outras empresas.

Desde que foi criado, o Formare já capacitou 2.380 jovens. A grande maioria dos alunos continua a estudar. Cerca de 85% deles foram encaminhados com sucesso ao mercado de trabalho. São homens e mulheres de 15 a 17 anos, com renda per capita familiar de meio salário mínimo. Para ser aluno de um curso do Formare, o jovem deve estar cursando o último ano do ensino fundamental ou já estar no ensino médio e morar nas proximidades da fábrica.

Fábio e Welder foram alunos do Formare na Magneti Marelli, de Hortolândia, São Paulo. Eles sabem da importância do projeto em suas vidas. Ambos estudaram no curso de assistente de produção e montagem eletroeletrônica e se tornaram funcionários da multinacional italiana do ramo de autopeças (injeção eletrônica, escapamentos e amortecedores, suspensão, faróis e lanternas). A Magneti Marelli tem escolas do Formare nas plantas de Hortolândia, Mauá e São Bernardo do Campo (São Paulo) e em Lavras (Minas Gerais).

Fábio Dantas Figueiredo, 18 anos, soube do projeto na escola onde estudava. Na época, cursava o terceiro ano do ensino médio. Passou por uma prova, por uma dinâmica de grupo e por uma entrevista.
Ao término do curso, ele começou outro, de técnico em eletrônica, no Colégio Bento Quirino. "Surgiu então a vaga na Magneti Marelli", contou. É o primeiro emprego de Fábio, que está entusiasmado com a carreira. Tanto que, quando terminar o curso técnico, pretende estudar engenharia de processos, em Campinas, São Paulo. "Minha vida ficou mais ampla", comemorou.

Welder Aparecido de Aquino, da mesma idade de Fábio, fez o mesmo curso e também continua estudando. Faz mecatrônica no Colégio Bento Quirino. O curso do Formare o levou a descobrir o gosto pela robótica e pela automação. Seus planos são estudar engenharia mecatrônica em Campinas e crescer na empresa.

 




MEC incentiva integração do ensino médio em mais 4 estados

Técnicos das secretarias de Educação Profissional e Tecnológica (Setec) e da Educação Básica (SEB) do Ministério da Educação trabalham no projeto de implantação do ensino médio integrado ao ensino técnico de nível médio em Goiás, Mato Grosso, Pernambuco e Tocantins. Espírito Santo, Paraná e Santa Catarina, que iniciaram o processo em 2004, vão receber, neste semestre, R$ 600 mil cada um para pagamento de consultores e promoção de seminários e reuniões, a serem repassados pela SEB.

O processo está mais adiantado em Goiás, segundo o coordenador-geral de políticas da educação profissional e tecnológica da Setec, Francisco Luiz Danna. Em poucos dias, o acordo de cooperação técnica estará pronto para ser assinado. O primeiro passo da negociação é a visita de representantes da Setec e da SEB aos estados interessados. O plano de implantação é elaborado pelas secretarias estaduais de educação ou de ciência e tecnologia, que também definem as instituições a serem beneficiadas e são responsáveis pela infra-estrutura e pela capacitação dos professores.

A meta do MEC, este ano, é iniciar a integração em parte da rede de pelo menos dez estados. Existem hoje em todo o país, segundo dados do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), 9,1 milhões de estudantes no ensino médio. São 275 mil em Goiás, 130 mil em Mato Grosso, 425,8 em Pernambuco e 75,7 em Tocantins. O Espírito Santo tem 164,8 mil; Santa Catarina, 292 mil; Paraná, 467,7.


Boletim eletrônico semanal interno da Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica
Ministério da Educação - Brasília-DF
Redação: (61) 2104-9526 / 2104-8127 - Envie sua sugestão de pauta para: setec@mec.gov.br