Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica      Nº 82 - 7 a 13 de março de 2005
 


       Fabet

A primeira faculdade de transporte no Brasil será inaugurada no dia 10 de março, em Concórdia, Santa Catarina, e vai oferecer mais de 60 cursos. A criação da Faculdade de Tecnologia no Transporte (Fabet) foi idealizada em 1997, por Pedro Rogério Garcia, após ter montado um caminhão-escola, em 1995. Era um curso de qualificação de motoristas, ministrado em parceria com as empresas Controlsat, Coopercarga, Facchini, Sadia e Scania.





       Fabet 2

Com recursos do Ministério da Educação, do Banco Interamericano de Desenvolvimento e de outras parcerias, em 2000, teve início a construção do Centro de Educação e Tecnologia no Transporte (Cett). Dois anos depois, a escola foi inaugurada em 115 metros quadrados. São dez salas de aula, 14 laboratórios, alojamento, refeitório, biblioteca, auditório, pista asfáltica para treinamento, 15 cavalos mecânicos Scania, dez implementos da marca Facchini e dez da Randon.

 

Especialistas avaliam curso de optometria

Profissão já é reconhecida em diferentes países do mundo

Optometristas e oftalmologistas da comissão internacional de supervisão do curso de tecnologia em optometria aprovaram o curso oferecido pela Universidade Luterana do Brasil (Ulbra), em Canoas, Rio Grande do Sul. Na semana passada, eles visitaram a instituição para observar instalações, infra-estrutura e proposta do programa. A universidade reivindica o reconhecimento do curso superior de optometria pelo Conselho Nacional de Educação (CNE) e pelo MEC.

De posse dos relatórios de cada especialista da comissão, o MEC decidirá se regova ou não a proibição de abertura de novas vagas para o curso da Ulbra.

Ao contrário da Colômbia e de outros países, nos quais a profissão existe há muitos anos, os trabalhadores brasileiros da área ainda lutam pela regulamentação da profissão. A comissão internacional foi constituída em janeiro para avaliar o programa da Ulbra e apresentar aos colegas brasileiros um panorama da prática da optometria no mundo.

Composta pelos optometristas Feike Grit (Holanda), Heitor Santiago (Porto Rico) e Júlio Roberto Gutierrez (Colômbia) e pelos oftalmologistas Júlio Manzitti (Argentina) e Michael Brennan (Estados Unidos), a comissão fez considerações sobre a profissão e a proposta da Ulbra a representantes dos ministérios da Educação, da Saúde, do Trabalho e Emprego e do CNE.

Segundo Gutierrez, a prática existe em seu país desde 1912. A legislação da área data de 1933. Outro fator que coloca a Colômbia à frente do Brasil é a regulamentação das instituições formadoras, regidas por três pontos: busca da melhoria da qualidade da educação, prestação de serviços à comunidade e garantia de boas condições de trabalho aos profissionais da área.

Para o senador Sérgio Zambiasi (PTB-RS), também presente ao encontro, a luta pelo reconhecimento do curso superior de tecnologia em optometria da Ulbra não deve ser vista como uma questão isolada e de menores proporções. Para ele, o reconhecimento da profissão vai permitir ampliar o atendimento à população carente, que não tem condições de freqüentar consultórios médicos - em geral, os optometristas atuam em regiões de difícil acesso.

Método - A optometria é uma prática que permite, por meio de exame do olho, diagnosticar falhas de refração e prescrever lentes e exercícios apropriados sem aplicação de drogas ou intervenções cirúrgicas. No Brasil, aproximadamente 96 milhões de pessoas apresentam dificuldades para enxergar, por apresentarem miopia, hipermetropia, astigmatismo ou vista cansada. Desse total, apenas 19 milhões têm condições de fazer correções na visão pelo simples uso de óculos.

O óptico-optometrista é um profissional não-médico que prescreve soluções ópticas - óculos de grau e de proteção e lentes de contato - nos casos em que a alteração visual não é de ordem patológica. Nesses casos, o optometrista encaminha o paciente ao oftalmologista.

Nos países que adotaram a optometria, percebeu-se a distribuição desses profissionais em regiões de difícil acesso. Isso facilita o atendimento à população carente. A optometria é reconhecida em mais de 60 países. Dentre os quais, Alemanha, China, França, Inglaterra, Japão e Rússia.

Enquanto um oftalmologista se forma em seis anos, um optometrista pode concluir a formação técnica em até dois anos e a formação superior em até quatro anos.

 




EAF Inconfidentes oferecerá curso superior de tecnologia

A Escola Agrotécnica Federal (EAF) de Inconfidentes (MG) recebeu autorização do Ministério da Educação e oferecerá, a partir de julho, 60 vagas para o curso superior de tecnologia em gestão ambiental na agropecuária. Será o primeiro curso superior da instituição. O curso, de 2.650 horas, terá duração mínima de seis semestres e máxima de 12.

A comissão nomeada pelo Ministério da Educação para avaliar as condições do curso deu conceito "A" para a nova habilitação. A infra-estrutura física foi considerada excelente, com mobiliário adequado e laboratórios com equipamentos de alta tecnologia. A instituição possui centros de informática e de análise de solos e vegetais, microbiologia, biotecnologia, geomática, irrigação e drenagem, topografia e mecanização agrícola, além de auditório.

Segundo a proposta do curso, espera-se que o profissional ingresse no mercado qualificado, para atuar no controle dos impactos causados pelas atividades agropecuárias, na conservação e preservação da natureza e orientação sobre novos investimentos.

A autorização em caráter experimental para a criação de cursos superiores de tecnologia em escolas agrotécnicas federais foi assinada no dia 5 de outubro de 2004, pelo ministro da Educação Tarso Genro.

São Luís cria núcleo do Tecnep

A Escola Agrotécnica Federal (EAF) de São Luís criou um núcleo do Programa de Educação, Tecnologia e Profissionalização para Pessoas com Necessidades Especiais (Tecnep), da Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica (Setec) do MEC. O núcleo, que será coordenado pela professora Maria Alice Cadete Silva Lisboa, terá como meta possibilitar a inserção de portadores de necessidades educacionais especiais na escola.
São membros do núcleo os servidores Maria Alice Cadete Silva Lisboa, Francisco José da Conceição Barbosa, Isabela Mendonça Batista, Joelma Ramos Serejo da Silva, José da Conceição Barbosa Silva, Telma Melo Brandão e Washington Ferreira Conceição.

 


Boletim eletrônico semanal interno da Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica
Ministério da Educação - Brasília-DF
Redação: (61) 2104-9526 / 2104-8127 - Envie sua sugestão de pauta para: setec@mec.gov.br