Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica      Nº 83 - 14 a 20 de março de 2005
 


       EAF Ceres

A Escola Agrotécnica Federal (EAF) de Ceres participou, de 8 a 10 de março, em São Paulo, da Feira Brasileira de Ciências e Engenharia (Febrace 2005), realizada anualmente pela Universidade de São Paulo (USP). Na edição deste ano, a EAF foi a instituição com maior número de projetos (15), nas áreas de ciências agrárias, biológicas, exatas e da terra, humanas, da saúde e sociais aplicadas.



       Tecnep

Representantes dos centros federais de educação tecnológica (Cefets), reunidos em Brasília, na semana passada, decidiram implementar várias ações para aperfeiçoamento do Programa de Educação, Tecnologia e Profissionalização para Pessoas com Necessidades Especiais (Tecnep). Destacam-se: integração entre as redes federal, estadual e municipal; capacitação de professores; e realização de trabalhos específicos com deficientes auditivos e visuais a partir das experiências dos Cefets de Santa Catarina e do Pará.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), 10% da população mundial tem algum tipo de deficiência. No Brasil, o índice é de 14%. São cerca de 366 mil alunos com necessidades especiais no ensino fundamental e somente 1,6% no médio.

Agrotécnica de Alegrete abre curso de tecnólogo

MEC autorizou escola a oferecer programa em industrialização de produtos de origem animal

A Escola Agrotécnica Federal (EAF) de Alegrete, no Rio Grande do Sul, é a mais nova instituição federal a oferecer um curso superior de tecnologia em industrialização de produtos de origem animal. A primeira seleção de estudantes, programada para agosto, abrirá 35 vagas.

O curso, equivalente à graduação, será oferecido em seis semestres, na sede da escola, na zona rural de Alegrete, e beneficiará jovens da cidade e da região, que poderão permanecer em seu local de origem e freqüentar um curso superior público e gratuito na área de tecnologia. "Será uma oportunidade para aumentar a escolaridade dos jovens do sudoeste do Rio Grande do Sul", explica a diretora da EAF, Carla Comerlatto.

A EAF de Alegrete, que completa em março 51 anos de fundação, tem 1,2 mil alunos em cinco cursos técnicos (agricultura, agroindústria, agropecuária, informática e zootecnia), além de outros 800 em cursos de formação inicial e continuada e ensino médio.

A economia de Alegrete é baseada na produção de cereais (arroz e soja), na pecuária de corte e na ovinocultura.


CNE publica resolução que integra ensinos médio e técnico

As regras do Conselho Nacional de Educação que abrem possibilidade de o ensino médio ser oferecido de maneira integrada ao técnico profissionalizante foram publicadas no dia 11, no Diário Oficial da União (Resolução nº 1). 

O CNE determina que a articulação entre a educação profissional técnica de nível médio e o ensino médio poderá se dar de três formas: integrada, no mesmo estabelecimento de ensino, contando com matrícula única para cada aluno; concomitante, no mesmo estabelecimento de ensino ou em instituições de ensino distintas, aproveitando as oportunidades educacionais disponíveis, ou em convênio de intercomplementaridade; e subseqüente, oferecida somente a quem já tenha concluído o ensino médio, considerado básico para a obtenção de uma habilitação profissional técnica de nível médio.

Carga horária - Os cursos de educação profissional técnica de nível médio realizados de forma integrada com o ensino médio terão suas cargas horárias totais ampliadas para um mínimo de 3 mil horas para as habilitações profissionais que exigem mínimo de 800 horas; de 3,1 mil horas para aquelas que exigem mínimo de mil horas e 3,2 mil horas para aquelas que exigem, pelo menos, 1,2 mil horas.

Os cursos realizados nas formas concomitante ou subseqüente ao ensino médio deverão considerar a carga horária total do ensino médio - regular ou de educação de jovens e adultos -, e praticar a carga horária mínima exigida pela respectiva habilitação profissional, da ordem de 800, mil ou 1,2 mil horas, segundo a área profissional correspondente.

Os diplomas de técnico de nível médio terão validade tanto para a habilitação profissional quanto para a certificação do ensino médio, para continuidade de estudos na educação superior.

 




Câmara discute criação da Universidade Tecnológica do Paraná

A Comissão de Finanças e Tributação da Câmara dos Deputados aprovou, na última semana, por unanimidade, o projeto de credenciamento do Centro Federal de Educação Tecnológica (Cefet) do Paraná como universidade tecnológica. A matéria entrou na pauta da comissão em regime prioritário, a pedido do relator, deputado Alex Canziani (PTB-PR).

O projeto de lei, que foi apresentado na Câmara em setembro do ano passado, segue agora para a Comissão de Constituição e Justiça e depois para o Senado. Se aprovado, será encaminhado à Presidência da República para ser sancionado em agosto.

O diretor-geral do Cefet-PR, Eden Januário Netto, afirma que "o projeto deixou de ser apenas uma meta da instituição e passou a ser um compromisso do governo". Entre as vantagens da modificação, o diretor cita a maior autonomia institucional e o acesso a órgãos de fomento à pesquisa. Para obter o credenciamento, o Cefet-PR tem utilizado, como principal argumento, seu perfil universitário, baseado no ensino, na pesquisa e na extensão.

Perfil - A instituição foi criada em 1909 com a denominação de Escolas de Aprendizes Artífices e, em 1978, passou de Escola Técnica Federal do Paraná a Cefet. Atualmente, tem cerca de 12,5 mil alunos regulares, 1,3 mil docentes e 560 técnicos administrativos.

O Cefet-PR oferece cursos de ensino médio, técnico, graduação e pós-graduação em unidades localizadas em Curitiba, Ponta Grossa, Campo Mourão, Medianeira, no sudoeste do estado (Pato Branco e Dois Vizinhos) e em Cornélio Procópio.

 


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