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Cefet-SC prepara deficientes para o trabalho Os professores da unidade São José do Centro Federal de Educação Tecnológica de Santa Catarina (Cefet-SC) estão preparando 20 deficientes auditivos oralizados para o mundo do trabalho no estado. A graduação no curso-piloto, que é de nível médio, vai permitir o acesso desses estudantes aos dois cursos técnicos oferecidos pela instituição: telecomunicações e refrigeração e ar-condicionado. Atualmente, a legislação que regulamenta a educação profissional diz que o currículo desse nível de ensino é próprio e independente do ensino médio e pode ser ministrado de forma simultânea ou seqüencial. De acordo com o IBGE, em 2000, o Brasil tinha 5,4 milhões de deficientes auditivos, sendo 178 mil em Santa Catarina. Em 2001, apenas 1.658 deles eram atendidos pelo sistema escolar no estado, segundo o Censo Escolar do Ministério da Educação. De acordo com o coordenador do Núcleo de Educação Profissional para Surdos (Neps) do Cefet, Vilmar Silva, toda a estrutura montada na concepção dos cursos da instituição tem como pressuposto que o cidadão com problemas de audição integra uma minoria lingüística e, por isso, deve ter acesso a programas educacionais baseados na visão. A formação de deficientes auditivos no ensino fundamental na unidade de São José só começou em 2001, quando o Neps iniciou o curso de educação de jovens e adultos deficientes auditivos e de profissionalização na área de desenho técnico. Esse curso baseava-se na educação bilíngüe e formou, em 2003, 21 alunos. Para Nilva Schroeder, gerente educacional do desenvolvimento do ensino da unidade São José, hoje, já existe amparo legal para ser oferecida educação profissional a deficientes auditivos. No entanto, ainda há muito por fazer e "o desafio é criar, dentro das instituições, propostas pedagógicas que apontem nessa direção e elaborar políticas públicas voltadas para estudantes com necessidades especiais". |
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