Mais barato, mais resistente e sem necessidade de queima em olarias. Com essa idéia, o pequeno empresário Carlos Alberto de Oliveira está fabricando um tijolo ecológico na Incefet, a incubadora de empresas do Centro Federal de Educação Tecnológica (Cefet) do Amazonas.
O produto é composto, basicamente, de argila, agregador e estabilizador de solos. Depois de prensados, os tijolos podem ser utilizados em três dias. As peças são fabricadas de maneira a se encaixarem umas nas outras, sem necessidade de pilares e vigas. As paredes, estruturais, não podem ser demolidas depois de montadas.
O agregador de solos é uma substância especial, fabricada nos Estados Unidos. Misturada à argila, induz à petrificação e confere resistência e impermeabilidade ao tijolo. A técnica é parecida com a utilizada na fabricação de tijolos com areia, terra e cimento. Contudo, o tijolo ecológico substitui a terra por argila, que é muito mais barata. Para se ter uma idéia da economia, diz Carlos Alberto, um milheiro de tijolo de solo-cimento custa R$ 380,00, em Manaus. A mesma quantidade do tijolo desenvolvido no Cefet sai por R$ 180,00.
Com o tijolo ecológico e, da mesma forma, com de solo-cimento, não é necessário fazer emboço ou reboco. "Não exige nem pintura", disse Carlos Alberto. Depois de montada a casa, é usada apenas uma resina acrílica para dar o acabamento.
Carlos Alberto, administrador de empresas, conheceu a técnica nos Estados Unidos, na Enviroseal Corporation, onde trabalhou por três anos. Lá, explicou, o processo é usado para fazer bases da construção civil pesada e substituir a pedra em estradas e pistas de pouso. Ele trouxe o produto para o Brasil a fim de desenvolver uma casa popular mais barata, formar mão-de-obra especializada e difundir a técnica. Para isso, procurou, inicialmente, a incubadora de empresas do Cefet do Amazonas, onde aperfeiçoa o processo e estrutura a empresa.
Modelo - O Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) aprovou a idéia e vai repassar recursos para que Carlos Alberto monte um protótipo de casa popular no campus do Cefet. Estudos iniciais demonstram que o custo da construção será 45% menor em relação ao da casa que a Caixa Econômica Federal está financiando no Estado, no valor de R$ 12,8 mil. A mesma construção, de 45 metros quadrados, erguida com o tijolo ecológico, ficaria entre R$ 5,5 e R$ 5,8 mil.
Alunos do Cefet-BA fazem intercâmbio
Este ano, três estudantes do Centro Federal de Educação Tecnológica (Cefet) da Bahia vão estudar no exterior. Os destinos são Islândia e Estados Unidos.
Estudar numa escola da rede pública, ser carente economicamente e ter boas notas não foram obstáculos para que Verena Paranhos Moreno Batista, estudante do último ano do ensino médio, fosse selecionada. Aos 17 anos, ela vai passar 11 meses na Islândia. O embarque para a Europa está marcado para 18 de agosto. Quando retornar, Verena pretende estudar relações internacionais.
Ana Rita de Santana Campos e Fábio Reis Neto foram os primeiros alunos da escola baiana a integrar o programa de intercâmbio de estudantes de administração. A parceria, firmada entre o Cefets da Bahia e do Rio de Janeiro com o Voohess College e o Paul Quinn College, prevê que 20 estudantes brasileiros estudem nos Estados Unidos até 2007. Em contrapartida, o mesmo número de estudantes americanos virá ao Brasil. Ana Rita e Fábio vão embarcar no final de julho.