O novo ministro da Educação, Fernando Haddad, acredita que a educação, dividida em cinco níveis de ensino, deve ser vista como um sistema, não como etapas de ensino independentes. Haddad lembra que o educador Anísio Teixeira, em 1932, já afirmava que o Brasil precisava constituir um sistema para entender o processo educacional. "O processo da educação é dado a partir da ampliação do horizonte do estudante e não do dirigente do ministério", afirma.

De acordo com Haddad, que tomou posse no dia 29 de julho, o MEC deve considerar o mesmo grau de importância para todos os níveis de ensino, do infantil à pós-graduação. "O Brasil não pode ter um foco na educação, como se a pós-graduação fosse um luxo", disse Haddad, que pretende dar continuidade aos quatro eixos de trabalho criados pelo ex-ministro Tarso Genro em 2004: fortalecimento da educação profissional, alfabetização aliada à educação de jovens e adultos, implantação do Fundo da Educação Básica (Fundeb) e reforma universitária.

Integração - Para resolver a elitização da educação profissional, o Ministério da Educação revogou o decreto que proibia o ensino médio integrado ao técnico e criou o Programa de Integração da Educação Profissional ao Ensino Médio na Modalidade de Educação de Jovens e Adultos (ProEJA). "Em 2006, - diz o ministro Haddad - 10% de todas as vagas nas escolas técnicas serão destinadas a jovens com mais de 17 anos que queiram concluir o ensino médio com uma formação profissional básica ou técnica plena. A partir de 2007, serão 20% das vagas".

Metas - "Tenho como tarefa implementar o ProEJA nas 144 escolas técnicas federais e aprofundar a conexão entre a educação continuada e o EJA com outros programas sociais do governo, como o Bolsa-Família e o Programa de Erradicação do Trabalho Infantil (Peti)", diz o ministro Fernando Haddad.