Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica      Nº 106 - 22 a 28 de agosto de 2005
 


       Certificação
O Governo Federal está discutindo com a sociedade brasileira sua proposta de certificação profissional no país. Para isso, realiza audiências públicas por segmento para aprofundar a discussão com os agentes sociais e os órgãos governamentais envolvidos com o tema.

O documento, elaborado por técnicos dos ministérios da Educação, do Trabalho e Emprego (MTE), do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), da Saúde (MS), do Turismo (Mtur) e dos conselhos nacionais de Educação e do Trabalho, está na página da Setec na internet.

A primeira audiência foi realizada no dia 16 de agosto, em Brasília, e envolveu ministérios e órgãos governamentais federais. As entidades educacionais, as certificadoras, as instituições de pesquisa e os conselhos profissionais participam do debate no dia 20 de setembro. A terceira e última audiência, prevista para 25 de outubro, terá como público representantes de sindicatos de trabalhadores, de patrões e também das empresas.





       Certificação 2
A certificação profissional é o reconhecimento formal dos saberes e práticas do trabalhador, adquiridos na experiência de vida, de trabalho, na escola ou em programas de qualificação social e profissional, como explica a diretora de Políticas e Articulação Institucional da Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica (Setec/MEC), Ivone Maria Elias Moreyra. A certificação é uma estratégia para promover a formação continuada do trabalhador e ampliar seu acesso ao mundo do trabalho.


MEC e Sebrae recebem inscrições para prêmio

Prazo para envio de projetos termina em 30 de setembro

O Ministério da Educação (MEC) e o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) recebem inscrições, até 30 de setembro, para o Prêmio MEC/Sebrae Técnico Empreendedor. Podem participar alunos de qualquer instituição federal de educação tecnológica ou de centro de educação profissional.

O prêmio é resultado do termo de cooperação firmado na semana passada (15/8), em Brasília, por representantes de ambas as partes. O objetivo é o desenvolvimento de um programa de educação profissional com foco na ação empreendedora de ocupação e renda, baseado em dois projetos: o Prêmio Técnico Empreendedor e a Formação Empreendedora.

Enquanto o primeiro, desde 2002, tem premiado pesquisas inéditas de estudantes com foco na ação empreendedora, o segundo promove a capacitação de docentes e de técnicos das instituições. Essa formação será feita, de forma experimental, nos centros federais de educação tecnológica de Bento Gonçalves, no Rio Grande do Sul, e do Pará. Posteriormente, será estendida para todas as escolas da rede.

Viabilidade - Segundo o edital do Prêmio Técnico Empreendedor, as práticas empreendedoras devem ser caracterizadas como soluções técnicas e tecnológicas viáveis de qualquer área de atividade produtiva. Podem tanto estar relacionadas a bens, como a produtos ou serviços. O negócio deve ter, ainda, viabilidade econômica e social e respeitar a ética e a preservação ambiental.

A avaliação dos projetos, que devem ser elaborados por grupos de dois a três alunos e orientados por um professor, será realizada em duas etapas, por comissões diferentes. A primeira fase selecionará os seis melhores projetos de cada região brasileira, sendo três na categoria "técnico" e igual número na categoria "tecnológico". A etapa nacional será disputada pelos 30 melhores projetos selecionados na fase anterior.

Premiação - Os três melhores trabalhos de cada grupo receberão como prêmio as quantias de R$ 3 mil, R$ 2 mil e R$ 1 mil. O professor orientador do projeto vencedor da etapa nacional de cada categoria ganhará ainda R$ 2 mil.

 




SIG cruza até 31 indicadores

Imagine que você é diretor de uma escola da rede federal de educação tecnológica e quer pleitear a contratação de novos professores para um determinado curso. Para isso, precisa saber a eficiência de seus docentes e também quantos trabalham em tempo integral e qual o número dos que estão em sala de aula apenas durante um turno. A maneira mais rápida de ter esses dados é por meio do Sistema de Informações Gerenciais (SIG) do Ministério da Educação.

O cruzamento dos números cadastrados pelas 144 escolas da rede federal de educação profissional e tecnológica no SIG pode gerar mais de 200 relatórios de gestão acadêmica e administrativa. Com esses dados, os técnicos da Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica (Setec/MEC) e os dirigentes das instituições têm subsídios para buscar soluções mais simples e eficientes para os problemas da educação profissional. "Tem todos os sabores de relatórios", brinca o coordenador do projeto SIG, Clediston dos Santos Silva.

Os documentos gerados podem retratar da relação candidato por vaga de um determinado curso ao número de matrículas por turno, passando pela relação de concluintes de uma escola. O índice de eficiência acadêmica, de retenção do fluxo escolar e a relação de professores são outros dos 31 indicadores que podem ser cruzados pelo sistema. Se a demanda for por dados administrativos, as variáveis também são inúmeras, como gastos correntes por aluno, com pessoal ou em convênios.

SIG - A versão 2.0 do sistema, no ar desde o início deste mês no portal da Setec na internet, é uma base de dados com informações de toda a rede federal de escolas de educação profissional e tecnológica, que recebeu recursos de R$ 1 milhão para ser implementada.

O secretário de Educação Profissional e Tecnológica do MEC, Antonio Ibañez Ruiz, diz que o SIG dá transparência às ações da pasta no setor: "Como ele permitirá à população saber quais são os serviços oferecidos pelas escolas da rede, dará visibilidade à gestão pública". Ibañez lembra que a Controladoria-Geral e o Tribunal de Contas da União têm questionado como os órgãos públicos medem seus resultados e o SIG responde a essa questão.

Para acessar o SIG, qualquer computador com conexão à internet pode ser utilizado. Somente um navegador instalado é exigido, que pode ser tanto o Internet Explorer 6.0 quanto qualquer versão do Mozilla.

Inicialmente, os usuários do sistema serão os funcionários das escolas e os servidores da Setec responsáveis pela administração e manutenção do SIG, mas, em 2007, o sistema será aberto à população.

 


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