O diretor do Centro Federal de Educação Tecnológica (Cefet) de Pernambuco, Sérgio Gaudêncio, é o novo presidente do Conselho dos Dirigentes dos Centros Federais de Educação Tecnológica (Concefet). A eleição, realizada no dia 10 de agosto, indicou como vice-presidente o diretor do Cefet de Campos (RJ), Luiz Augusto Caldas Pereira, e, como tesoureiro, Eurípedes Ronaldo Ananias Ferreira, do Cefet Uberaba (MG).
Os novos membros do Conselho Fiscal do Concefet são: Paulo César Pereira (Cefet-Goiás), Consuelo Sielski (Cefet-Santa Catarina) e José Ferreira Costa (Cefet-Maranhão).
Durante seu mandato, que se estende até agosto de 2006, o professor Gaudêncio pretende dar continuidade às atuais propostas de luta do Concefet: implantação do Programa de Integração da Educação Profissional ao Ensino Médio na Modalidade de Educação de Jovens e Adultos (Proeja) na rede, discussão da reforma do ensino superior e integração da educação profissional com o ensino médio.
Proeja - Gaudêncio diz que a reserva de 10% das vagas de 2005 para o Proeja é um impedimento para algumas escolas, que não têm sequer professores de ensino médio. "Precisamos capacitar e contratar professores para trabalhar com jovens e adultos. Apesar de reconhecer a importância social da medida, a rede federal tem seus limites", reconhece.
Reforma - Nossa principal reivindicação é a transformação imediata dos cefets em centros universitários. De acordo com a versão atual da proposta de reforma universitária, os cefets continuariam na situação atual. "Não podemos ficar em uma situação de não-existência, já que não seríamos considerados nem centros universitários, faculdades ou universidades", diz Gaudêncio, que lembra o Decreto 5.224/2004, que reconhece os cefets como instituições de nível superior.
Integração - O Decreto 5.154/2004, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, integra a educação profissional ao ensino médio e "nossa bandeira é oferecer esses cursos com a mesma qualidade com que já ministramos os atuais", diz Gaudêncio. Algumas instituições da rede vão adotar a integração e outras não. Tudo dependerá da realidade de cada uma.
Integração da educação profissional será discutida em Brasília
O Ministério da Educação vai promover, nos dias 13 e 14 de setembro, em Brasília, seminário nacional para definir os planos estaduais de implantação da educação profissional integrada ao ensino médio. Os debates serão focados na vinculação da educação técnica com a educação básica.
Os participantes do evento também vão discutir um currículo de ensino médio integrado ao técnico e a elaboração de projetos para implantar a modalidade de maneira articulada com os planos regionais de desenvolvimento. A intenção do MEC é preparar os alunos para colaborarem com o desenvolvimento econômico do estado e do país. Os estados interessados vão receber apoio financeiro e assistência técnica e pedagógica.
Segundo o Censo Escolar de 2004 realizado pelo Inep/MEC, existem no Brasil 676 mil alunos matriculados no ensino técnico de nível médio e 9,1 milhões no ensino médio regular.
