Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica      Nº 108 - 5 a 11 de setembro de 2005
 


       Coplag

Walter da Silva Rego substituiu Jocelino Francisco de Menezes na Coordenação-Geral de Orçamento, Planejamento e Gestão (Coplag) da Setec. Joccelino exerce, atualmente, o cargo de secretário-executivo do Fundo Nacional de Saúde (FNS).



       Estágio

Há vagas para estagiários na empresa ABB. Os interessados em concorrer a uma das 80 vagas devem fazer a inscrição até 15 de setembro, pela internet. Podem se candidatar estudantes de cursos técnicos de administração de empresas, contabilidade, edificações, eletrônica, eletrotécnica, mecânica, mecatrônica e telecomunicações.

Escolas do Proep formam mais de 176 mil estudantes

Pesquisa revela dados de 234 instituições financiadas pelo MEC

O número de matrículas das 234 escolas financiadas pelo Programa de Expansão da Educação Profissional (Proep) chegou a 176.282 no ano passado, segundo pesquisa da Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica (Setec) do Ministério da Educação. O estudo revelou uma série de dados dessas instituições, como origem de recursos, acompanhamento de egressos e parcerias. Há ainda informações sobre cursos e oferta de gratuidade nas escolas do segmento comunitário.

O Proep foi criado em 1997 por meio de um empréstimo contraído pelo governo brasileiro junto ao Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) para expandir a oferta de cursos de formação de trabalhadores no país. Os recursos, de US$ 500 milhões - 25% do Ministério da Educação, 25% do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) e 50% do BID -, são utilizados para construção e reforma de centros de educação profissional, aquisição de equipamentos e de material didático. A capacitação de professores também é uma das propostas do acordo.

A Portaria 376, publicada em 2 de fevereiro de 2005, transferiu a execução orçamentária físico-financeira do Proep para o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE).

O titular da Setec, Antonio Ibañez Ruiz, explica que, das 234 escolas do Proep, 89% responderam a pelo menos um dos quatro blocos do levantamento, feito em junho de 2004. Do total de instituições, 90 são comunitárias (38,5%), 89 estaduais (38%) e 55 federais (23,5%). A Região Sudeste concentra o maior número (82 unidades, ou 35,04%), seguida das regiões Nordeste (48) e Sul (46), percentuais de 20,51% e 19,66%, respectivamente. As regiões Centro-Oeste, com 30 escolas, e Norte, com 28, têm representação conjunta de 24,79%.

Ibañez acredita que essas instituições, na maioria escolas técnicas, agrotécnicas, institutos de nível médio ou centros federais, têm oferecido formação profissional de qualidade, gratuitamente. No que se refere à origem de recursos, o orçamento público é apontado como principal fonte dessas escolas. Das 183 instituições que responderam ao quesito - quase todas públicas (federais, estaduais e municipais) -, 123 informaram essa opção. As escolas privadas apontam as opções "mensalidades e venda de cursos", "mantenedoras" e "prestações de serviços" como as fontes mais usuais de recursos.

Liderança - Quanto às matrículas por segmento e por área profissional, mais da metade (95.167) do total está nas escolas federais, segmento que concentra número menor de instituições em relação às existentes nos segmentos estadual e comunitário. A área da indústria, nos cursos técnicos e tecnológicos, é a que tem o maior número de alunos. São 37,8% nos cursos técnicos e 30,1% nos tecnológicos. Dentre os cursos técnicos, vêm em seguida as matrículas nas áreas de agropecuária e informática. Nos cursos tecnológicos, as matrículas das áreas de informática e construção civil são superadas apenas pelas registradas na de indústria.

Nos cursos de formação inicial e continuada de trabalhadores, a área de informática é a mais representativa em número de estudantes, com 29,8% do total. Em seguida, vêm as matrículas da área da indústria, com 17,2%.

Metade dos alunos matriculados está isenta do pagamento de taxas, mensalidades ou contribuições. A gratuidade está prevista no contrato de empréstimo do BID como contrapartida para as escolas comunitárias que receberam recursos do Proep.

A taxa de gratuidade varia entre os níveis de cursos e regiões geográficas. Em média, é de 72% nos cursos de formação inicial e continuada, de 43% nos técnicos e de 11% nos tecnológicos.


MEC discute ações com governo moçambicano

Brasil e Moçambique devem firmar acordos na área de educação profissional. Na semana passada, uma comissão mista dos dois países discutiu, no Ministério das Relações Exteriores, ações e convênios a serem desenvolvidos em conjunto.

"A educação técnico-profissional é uma área prioritária e estratégica para o combate à pobreza e para a promoção do desenvolvimento econômico do nosso país", disse Anísio Matias Matangala, assessor do Ministério de Educação e Cultura de Moçambique. "Queremos, em parceria com o Brasil, encontrar estratégias para desenvolver programas de formação técnico-profissional que dêem aos jovens habilidades para entrar no mercado de trabalho, principalmente em suas comunidades."
Agropecuária, turismo e tecnologia são as áreas prioritárias da educação em Moçambique. Segundo Matangala, seu país também precisa de apoio na área de alfabetização, ensino secundário e educação especial.

Na quinta-feira passada, dia 1º, a missão moçambicana conheceu o Centro Federal de Educação Tecnológica (Cefet) de Urutaí, Goiás. Na sexta-feira, 2, foi a vez do Centro Federal de Educação Tecnológica (Cefet) de São Paulo.

De acordo com o diretor do Cefet de Urutaí, José Donizete Borges, os moçambicanos conheceram as unidades educativas de produção, principalmente aquelas relacionadas à agricultura (olericultura, culturas anuais e perenes) e zootecnia (aves, suínos e bovinos). O pavilhão pedagógico e os laboratórios também foram visitados.

José Donizete diz que a escolha de Urutaí para receber a visita dos moçambicanos projeta a escola em âmbito internacional. "Acabamos sendo conhecidos lá fora", afirmou.

A comitiva de Moçambique era composta pelo ministro da Educação e Cultura, Aires Bonifácio Ali; pelo diretor nacional adjunto da educação técnica e profissional, Abu Bacana; pelo chefe do Departamento de Cooperação Técnica, Crimildo Binana, e por Matangala.

 

 




SIG permite gerenciar informações das escolas

Para organizar e manter sempre atualizados os dados da rede de escolas federais, a Setec montou o Sistema de Informações Gerenciais (SIG). O programa permite a inclusão descentralizada de dados e a geração de relatórios gerenciais e acadêmicos sobre as 144 escolas da rede por meio da internet.

Com o SIG, gestores e diretores da Setec e da rede de instituições podem aperfeiçoar planejamentos estratégicos, elaborar políticas públicas e buscar soluções mais rápidas para os problemas das instituições. O sistema permite o acompanhamento e a supervisão de atividades de interesse do gabinete da Setec, principalmente aquelas relacionadas às áreas de gestão, jurídica, parlamentar, internacional, de comunicação social e de controle interno.

Para a construção do sistema, diversos usuários foram consultados. Dentre eles, Amaro Falquer, coordenador do Fórum de Planejamento e Gestão (Forplan) do Conselho de Dirigentes de Centros Federais de Educação Tecnológica (Concefet). Segundo Falquer, o SIG permitirá a coordenação de ações de interesse coletivo dos Cefets e subsidiará o conselho na adoção de políticas e estratégias.

O sistema possibilitará ainda o diagnóstico e o dimensionamento das instituições e o conhecimento das partes e do todo. Por meio do SIG, pode-se pesquisar um determinado curso de uma escola ou até uma informação sobre tema regional ou nacional, como instituições que oferecem um determinado programa de ensino. Os filtros do sistema permitem o cruzamento de 31 indicadores. "Não conheço um programa elaborado com essa concepção de pensar as políticas públicas", disse Falquer.

Avaliação instantânea - Para o ex-coordenador-geral de planejamento e gestão da Setec, Jocelino Francisco Menezes, a eficiência do sistema será evidente quando todas as instituições ligadas à Setec estiverem fornecendo e usando organicamente as informações do SIG.

As informações geradas pelo sistema permitirão ao coordenador-geral da supervisão da gestão das instituições federais de educação profissional e tecnológica, Gleisson Cardoso Rubim, identificar as prioridades de atendimento e de investimento na rede a partir de critérios mais objetivos. "Será um instrumento de avaliação instantânea", disse Gleisson.

Histórico - Durante a reunião dos dirigentes de instituições de educação tecnológica (Reditec), realizada em Salvador, em 2004, a Setec assumiu, com os diretores de ensino da rede federal, o compromisso de criar e gerir o Sistema de Gestão Acadêmica (Siga) para os Cefets e escolas agrotécnicas. O Siga organiza a gestão acadêmica de uma escola e permite a montagem da grade de horários e do cadastro de professores e de alunos e o gerenciamento de recursos financeiros, além da manutenção dos cursos. A montagem do Siga, no entanto, somente é viável após a implementação do SIG. Por isso, para definir a funcionalidade do sistema, sua arquitetura e cronograma de implantação, representantes da Setec, dos fóruns de diretores de ensino (FDE), de tecnologia da informação (Forti) e do Proep trabalharam entre outubro de 2004 e abril de 2005.

A versão 2.0 do SIG está no ar, no endereço
www.mec.gov.br/setec/sig, desde o início de agosto. Inicialmente, os usuários do sistema serão os funcionários das escolas e os servidores da Setec responsáveis por sua administração e manutenção. O SIG será aberto à população em 2007.


Boletim eletrônico semanal interno da Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica
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