O Sistema de Informações Gerenciais (SIG) da Setec, criado para apoiar os gestores na elaboração de políticas públicas, foi elaborado em conjunto com os usuários. Segundo o coordenador do projeto, Clédiston dos Santos Silva, essa atuação conjunta impediu surpresas durante a migração da versão 1.8 para a 2.0, em agosto. Foi fundamental, também, para evitar que o programa apresentasse problemas graves.
O SIG permite a gestores e diretores da Setec e da rede federal de escolas de educação profissional embasar planejamentos estratégicos, elaborar políticas e buscar soluções para que as 144 instituições que compõem a rede federal cresçam com solidez. O sistema também facilita o acompanhamento e a supervisão de atividades de interesse da Setec, principalmente aquelas relacionadas às áreas de gestão, jurídica, parlamentar, internacional, de comunicação social e de controle interno.
O diretor de ensino do Centro Federal de Educação Tecnológica do Espírito Santo (Cefet-ES), Dênio Rebello Arantes, foi um dos usuários que se envolveram na construção do sistema. Ele salienta que sua participação começou na Reunião dos Dirigentes de Instituições de Educação Tecnológica (Reditec), realizada na Bahia, em outubro de 2004. "Lá, soube que os diretores de planejamento e de ensino das escolas ainda não estavam integrados ao processo", disse.
Integração - Arantes e outros diretores começaram a articular a participação do Fórum de Diretores de Ensino do Conselho de Dirigentes dos Centros Federais de Educação Tecnológica (Concefet) na comissão idealizadora da implementação do SIG. Eles estiveram reunidos com integrantes do Fórum de Planejamento do Concefet - Cefets de Campos (RJ), Ceará, Goiás e Rio de Janeiro - para discutir o perfil do programa mais adequado às instituições. "Participamos também da definição das funcionalidades do SIG e dos indicadores", afirmou.
Na reunião da Bahia, concluiu-se que o SIG seria inviável se as instituições não tivessem um sistema de informações acadêmicas (Siga) eficiente. "Não queríamos preencher mais um formulário", disse Arantes. Foi criada, então, outra comissão para definição do Siga, com a participação de diretores de ensino e do Fórum da Tecnologia da Informação do Concefet. Arantes adianta que o Siga tem problemas de financiamento e ainda não consolidou o cronograma, mas a base será o sistema utilizado no Cefet de Santa Catarina.
Amaro Falquer, coordenador do Fórum de Planejamento e Gestão (Forplan) do Concefet, também foi consultado sobre criação do SIG. Segundo ele, o programa permitirá a coordenação de ações de interesse coletivo dos Cefets e subsidiará o conselho na adoção de políticas e estratégias.
O sistema possibilitará ainda o diagnóstico e o dimensionamento das instituições e o conhecimento das partes e do todo: pode-se pesquisar um curso de uma escola ou até uma informação sobre tema regional ou nacional, como instituições que oferecem um determinado programa de ensino. Os filtros do sistema permitem o cruzamento de 31 indicadores. "Não conheço um programa elaborado com essa concepção de pensar as políticas públicas", disse Falquer.
Alunos do Cefet-AM têm experiência em sala de aula
A estudante Keyla Daniela de Souza Almeida pretende ser professora de química. Aluna do Centro Federal de Educação Tecnológica (Cefet) do Amazonas, ela está na sala de aula desde a semana passada para ensinar a disciplina a 35 estudantes do curso preparatório de ingresso nas universidades públicas do estado.
Ao lado de Keyla, outros cinco estudantes de licenciatura do Cefet dão aulas todos os sábados, das 8h às 12h45, trabalho que se estenderá até 19 de novembro. Alunos dos cursos de química e de ciência biológicas, eles recebem uma bolsa de R$ 100,00 para lecionar. As outras disciplinas cobradas nas provas do vestibular - física, geografia, história, matemática e português - são ministradas por professores do Cefet.