"O problema do mundo está na ambição das pessoas. Não da ambição de conhecimento, que pertence a todos e tem que ser compartilhado, mas da ambição material, de querer ter o que não é seu." O pensamento de Diego Sabbado Menezes, 16 anos, revela a carreira que ele pretende seguir após terminar o ensino médio: a filosofia. Mas não mostra a proeza. No dia 16 de agosto último, Diego, que estuda no Centro Federal de Educação Tecnológica (Cefet) de Pelotas (RS), acertou todas as 20 questões da prova da 1ª Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas. Tudo em menos de uma hora e meia.

Diego diz que não se preparou para a primeira fase, classificatória, mas agora, como pretende ser um dos 2.001 contemplados com uma bolsa de iniciação científica do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), está estudando um pouco para a prova do dia 8 de outubro.

O concurso premiará 300 estudantes com medalhas de ouro, 405 com medalhas de prata e outros 405 com medalhas de bronze. Além disso, oferecerá 30 mil menções honrosas.

Diego é um jovem comum. Gosta de rock, natação e basquete e ainda encontra tempo para estudar espanhol e participar da Camerata Instrumental da Universidade Federal de Pelotas.

A 1ª Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas é promovida pelos ministérios da Educação e da Ciência e Tecnologia, em parceria com o Instituto de Matemática Pura e Aplicada e com a Sociedade Brasileira de Matemática. A competição envolve 10,5 milhões de estudantes do ensino fundamental e médio de mais de 31 mil escolas de 5.197 cidades de todo o Brasil. Equivale a modalidades desportivas ou a concursos de literatura e festivais de música.