Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica      Nº 120 - 28 de novembro a 4 de dezembro de 2005
 


       Cefet-Ouro Preto

A Fundação de Artes de Ouro Preto (Faop), em parceria com o Centro Federal de Educação Tecnológica (Cefet) de Ouro Preto e com a Universidade Federal de Ouro Preto (Ufop), vai criar na cidade um núcleo de ofícios para requalificar profissionais da construção civil da região, na área de conservação e restauração de imóveis. Serão oferecidos oito cursos - carpinteiro, pedreiro, ferreiro, pintor, canteiro, estucador, encarregado de obra, educação patrimonial - para operários interessados em trabalhar nas obras de conservação e restauração dos prédios setecentistas da cidade. O projeto será financiado pela Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura (Unesco), pelo programa Monumenta e pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).

 



       EAF de Castanhal

Francisco Feitosa Araújo, empossado como diretor-geral da Escola Agrotécnica Federal de Castanhal, Pará, assume a instituição com a meta de criar um curso superior de tecnologia em manejo florestal. Uma comissão para estudar a implementação do programa já foi instalada. Segundo ele, o curso será de extrema importância para a região amazônica.

Atualmente, a escola oferece quatro cursos técnicos, nas áreas de agropecuária, agrícola, informática e manejo florestal. São 581 alunos, 44 professores e 87 funcionários.

 

Resultado do Prêmio Técnico Empreendedor sai no dia 28

Projetos têm potencial para a geração de negócios e  desenvolvimento de comunidades

A Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica do Ministério da Educação (Setec/MEC) vai divulgar o resultado do Prêmio Técnico Empreendedor no dia 28 deste mês, em sessão no auditório do ministério, com início previsto para as 10h. Os seis projetos, divididos nas categorias técnico e tecnólogo, foram os mais bem colocados nas etapas regionais.

Os projetos escolhidos são soluções com grande potencial de gerar negócios e de contribuir para o desenvolvimento socioeconômico das comunidades. Participam do concurso, alunos de instituições federais de educação tecnológica e de escolas atendidas pelo Programa de Expansão da Educação Profissional (Proep).

As equipes vencedoras da etapa regional em ambas as categorias receberão certificado, troféu e R$ 1,5 mil como prêmio. Já os vencedores da etapa nacional, nas categorias técnico e tecnológico, receberão, além do certificado, R$ 6 mil, distribuídos entre os três primeiros colocados. O professor-orientador do projeto vencedor da etapa nacional de cada categoria ganhará R$ 2 mil.

Concorrem aos três primeiros lugares de ambas as categorias projetos de criação de empresas nas áreas apícola, de profissionalização da ostreicultura, de consultoria ambiental, de indústria alimentícia e de empreendimentos que contribuam significativamente para melhorar a qualidade de vida dos portadores de necessidades especiais (PNE).

Técnico - Jéssica Sabrini Fores, do curso pós-médio em Informática do Centro Federal de Educação Tecnológica (Cefet) de Bento Gonçalves, Rio Grande do Sul, faz parte da equipe de alunos que propôs a criação da agência de acessibilidade, que contribuirá para a inclusão social, escolar e tecnológica dos PNEs, ao prestar serviços de adequação de equipamentos e programas de computadores. A agência também dará suporte a empresas ou pessoas físicas que trabalhem com desenvolvimento de páginas da internet e de ambientes de aprendizagem por computador para que sua concepção respeite os critérios de acessibilidade e facilite a vida dos PNEs.

Outro projeto da categoria técnico é a criação da Empresa Júnior Apícola por alunos da Escola Agrotécnica Federal (EAF) de Colatina, Espírito Santo. A intenção é que a companhia seja especializada na extração de produtos pouco explorados, como o veneno da abelha (apitoxina), o própolis e o pólen.

Segundo o técnico agrícola Lucas Almeida Helmer, esses produtos têm propriedades ainda desconhecidas. O veneno da abelha, por exemplo, é antiinflamatório e combate também o reumatismo. O própolis, por sua vez, tem propriedades antimicrobianas, antiparasitárias, antiinflamatórias, cicatrizantes e regenerativas. Já o pólen tem um valor nutritivo superior ao da carne ou da proteína da soja. "É riquíssimo em vitaminas, especialmente em caroteno", diz o técnico.

Outro projeto classificado, Profissionalização da Ostreicultura Artesanal, foi proposto por alunos do curso de aqüicultura do Colégio Agrícola Senador Carlos Gomes de Oliveira, de Santa Catarina. A idéia é produzir ostras nativas usando materiais recicláveis de baixo custo para conseguir maior lucratividade e reduzir o impacto ambiental. O projeto partiria do cadastramento, treinamento e acompanhamento dos atuais catadores de ostras da região do Canal do Linguado, em Araquari.

Para o técnico em aqüicultura Danilo Gustavo Della Motta, os pescadores da região desejam a profissionalização, pois terão um suplemento de renda e aprenderão a não agredir o meio ambiente. Segundo Danilo, na coleta de ostras nativas, geralmente encontradas nas raízes das plantas do mangue, os pescadores usarão coletores artificiais confeccionados a partir de cabos de vassoura e garrafas pet.

Tecnólogo - Outro plano de negócio, porém na categoria tecnólogo, é a criação da indústria de alimentos Bananits, na região do Alto São Francisco. A empresa investirá na produção de salgadinhos feitos a partir da massa da banana verde, tipo pururuca, que será comercializado em embalagens de 70 gramas.

Segundo Gabriela Paulineli Alemida, do curso de tecnologia em processamento de alimentos do Cefet de Bambuí, Minas Gerais, a diferença da Bananits em relação aos outros salgadinhos é a não-utilização de conservantes. "O produto é natural, saboroso, barato e acessível", diz a estudante.

A empresa Ecop, proposta por alunos do curso de tecnologia ambiental do Cefet do Paraná, será especializada em elaborar projetos de readequação ambiental de propriedades do município de Medianeira. Primeiro, serão feitos um cadastro e diagnóstico das áreas. A etapa seguinte constará de um levantamento das atividades para, em seguida, ser elaborado um plano de controle ambiental, em conjunto com os proprietários rurais, de acordo com o estudante Diogo Seganfredo.

Outro projeto de negócio na mesma categoria é o Suporte a Equipamentos Especiais, proposto por alunos de eletrotécnica e mecânica do Cefet do Paraná. A intenção é criar um núcleo de assistência técnica de aparelhos destinados à produção de material didático para deficientes visuais.

Para o aluno Marcos Vinicius dos Santos, o projeto vai contribuir para melhorar a qualidade de vida dos deficientes visuais, pois no Paraná não tem quem preste esse tipo de assistência técnica. "Ao deficiente não resta alternativa senão a importação", explicou.

 

 




Cefet-Paraná é transformado em universidade tecnológica

A instalação dos seis campi da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR) já tem data marcada. O de Medianeira, no dia 25 deste mês; o de Campo Mourão, no dia 26; o de Cornélio Procópio, em 2 de dezembro; o de Ponta Grossa, no dia 5; Dois Vizinhos, 9 e Pato Branco, 10.

A UTFPR é a primeira universidade especializada do país. Foi transformada a partir do Centro Federal de Educação Tecnológica do Paraná (Cefet-PR), em 7 de outubro, por meio de sanção do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Para o reitor Eden Januário Netto, a instalação da universidade tecnológica não significa uma mudança de gestão, mas um marco de etapa histórica. A instituição tem 96 anos. Oferece 11 cursos técnicos integrados e dois subseqüentes, 41 graduações, 41 especializações, quatro mestrados e um doutorado. Tem cerca de 15,5 mil alunos regulares, 1.330 professores e 539 técnicos administrativos.




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