Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica      Nº 72 - 20 de dezembro de 2004 a 2 de janeiro de 2005
 


       Cefest

O Centro Federal de Educação Tecnológica do Amazonas (Cefet-AM) estimula também a formação cidadã e artística de seus alunos. Prova disso foi a última edição do Festival da Canção (Cefest) e o lançamento de um CD com as músicas vencedoras dos dois primeiros festivais. O evento é realizado na escola desde 2001. A produção e gravação dos dois mil CDs foram patrocinadas pela Fundação Villa-Lobos e pela Prefeitura de Manaus.

A receita obtida com a venda dos discos será destinada ao pagamento das despesas do último Cefest, realizado em novembro. Os vencedores foram: Eliandro Feijó, com Pra Começar a Preservar (primeiro lugar); Giselly Almeida e Elisa Maia, com Jeito Certo (segundo); Franmar Souza, com Sua Indecisão (terceiro); Andrei Gomes (melhor intérprete), David Santos da Costa Filho (melhor letra) e João Fonseca Rodrigues (melhor arranjo).





       Recesso


A próxima edição do Setec Notícias será publicada somente na primeira semana de janeiro. Até 2005.

MEC abre credenciamento para Escola de Fábrica

Projeto é alternativa de inclusão educacional e social e aproxima setor produtivo da formação profissional

O Ministério da Educação vai investir R$ 25 milhões na implementação do projeto Escola de Fábrica em 2005. O orçamento servirá para criar uma rede de 500 escolas, geridas por organizações não-governamentais e da sociedade civil de interesse público, que implantarão unidades nas empresas. Essas entidades serão responsáveis pela produção técnico-pedagógica, acompanhamento e gestão, avaliação e certificação dos alunos.

O valor financiado pelo MEC à instituição gestora, por curso, para cada unidade de formação será de R$ 30 mil. Porém, o valor da implantação do mesmo curso em outras unidades formadoras será de R$ 15 mil. Esses foram os principais pontos do projeto Escola de Fábrica explicados pelo ministro Tarso Genro no dia 16 último, durante o lançamento da chamada pública para credenciamento de instituições gestoras, na sede da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp).

Presentes ao evento, além do ministro, o vice-presidente da Fiesp, Roberto Della Manna, o presidente do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), Enrique Iglesias, e mais de 150 empresários. Na ocasião, MEC e Fiesp assinaram protocolo de intenções para a implementação do projeto.

"O Escola de Fábrica é uma alternativa de inclusão técnica de nível fundamental e de inclusão social. A proposta busca aproximar o setor produtivo dos processos educativos, promovendo a responsabilidade social", destacou o ministro. O vice-presidente da Fiesp disse acreditar que o projeto Escola de Fábrica será uma complementação significativa de formação profissional às atividades já oferecidas pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) e pelo Serviço Social da Indústria (Sesi).

Participação - Poderão participar do projeto empresas associadas, médias ou pequenas, e empreendimentos agroindustriais e rurais. As empresas serão responsáveis pela infra-estrutura física, funcionários e técnicos que possam atuar como instrutores, além dos custos da implantação das unidades formadoras. Também devem assegurar alimentação, uniforme e transporte aos alunos. Para incentivar as empresas, o MEC vai financiar as bolsas durante seis meses nos dois primeiros anos. De acordo com a chamada pública, as pequenas e médias empresas que queiram participar do projeto, mas que tenham dificuldade com os custos de implantação da unidade formadora, podem formar consórcios ou grupos.

Para garantir a diversidade regional, a chamada pública prevê a aplicação de 30% dos recursos nas regiões Norte e Nordeste. Cada empresa deve montar uma unidade formadora com capacidade para 20 alunos por ano. Os cursos terão duração mínima de 600 horas.

 




Em 2005, foco das estatais estará na educação profissional

Durante a terceira reunião temática do Fórum das Estatais, realizada no dia 14 último, o secretário de educação profissional e tecnológica do MEC, Antonio Ibañez Ruiz, revelou o gargalo da formação técnica. Segundo ele, dos 2 milhões de alunos que terminam o ensino médio, 1,6 milhão não conseguem entrar na universidade e tentam ingressar no mundo do trabalho sem qualificação profissional.
Por isso, no próximo ano, o governo federal pretende elevar o nível de escolaridade do brasileiro. Para isso, focará ações no ensino médio. Para resolver o problema da falta de profissionais de formação técnica, uma das iniciativas do Ministério da Educação é a integração do ensino médio ao técnico para permitir que os alunos concluam a educação média e saiam da escola já com uma profissão.

As estatais estão fazendo sua parte. No encontro entre o MEC e as empresas, o representante da Petrobras, Walter Brito, apresentou os projetos da instituição para capacitação de funcionários e da comunidade. O maior deles, a Universidade da Petrobras, oferece programas de formação de funcionários. "Este ano, a meta é formar 40 mil alunos em cursos presenciais e 30 mil não presenciais", disse. Segundo ele, os programas de especialização são compatíveis com um curso de mestrado. Já o projeto Jovem Aprendiz vai qualificar 18 mil jovens para o mercado em três anos.

Isis Silva Pagy, do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), expôs, na reunião, uma parte dos 82 projetos de educação técnica desenvolvidos pela estatal. "Fizemos uma parceria com governos locais, administrações municipais e com o Ministério do Meio Ambiente para construir, na região da Amazônia Legal, 12 escolas voltadas para a agricultura familiar", afirmou.

O Fórum das Estatais foi criado em setembro por dez ministérios e 19 empresas para reforçar as ações do MEC. São quatro as prioridades: alfabetização e inclusão, incentivo à qualidade da educação básica, fortalecimento da educação profissional e expansão da educação superior. Já foram feitas reuniões sobre educação básica, alfabetização e educação profissional. No dia 22 de fevereiro, será a vez do encontro sobre o ensino superior.


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